segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sistema de Gerenciamento de Vôo (EFIS) família de aviões AIRBUS, hora de mudar














França, vôo 296 , demonstração do A320 para convidados queda com 50 feridos e três mortes. São Paulo 17 julho de 2007 voo JJ3054 A320-233 queda na cabeceira da pista, no total 199 mortes. Oceano Atlântico vôo 447 Air France queda por suposto problema de congelamento de tubos pitot, 228 fatalidades. Poderíamos citar ainda dezenas de incidentes com aeronaves de família Arbus, dos quais destaco o ocorrido com o novíssimo A380 Qantas em 4 novembro 2010 quando a explosão de um motor provocou danos estruturais e falha dos sistemas de gerenciamento de vôo, desta vez a larga experiência da tripulação evitou uma grande tragédia
Todos estes Acidentes / incidentes tem um fator comum que não permitiu que os tripulantes evitassem o pior, ou os induziu a erros que foram fatais.
Uma aeronave alem dos sensores de pressão estática , pressão dinâmica (pitots) temperatura e ângulo de ataque que são cruciais tem centenas de outros igualmente importantes nos aviões atuais são ligados direta ou indiretamente ao sistema de gerenciamento de vôo. TAM 3054 falha do sensor ou manete alguns milímetros fora de posição impediu por comando do sistema de gerenciamento de vôo que os pilotos abrissem os spoilers que permitiria uma parada segura mesmo sem reverso.
Air France 447, agora com dados dos gravadores de vôo podemos constatar que por problema nos tubos pitot todas as indicações de velocidade ficaram totalmente incoerentes induzindo os pilotos a erro que causou estol em alta altitude que exige muita técnica e informações corretas dos instrumentos de vôo para recuperar o controle. O que está obscuro e porque os pilotos não conseguiram recuperar o controle usando os parâmetros básicos: attitude usando como referência o SBY horizon que funciona por até 20 minutos mesmo sem energia, e potencia pela posição da manete e indicação de N1. Outra duvida e porque mesmo com os três pilotos tentando recuperar o controle o avião perdeu altitude rapidamente com fortes oscilações de pitch e roll, o aumento do ângulo de três para treze graus do estabilizador horizontal, este comportamento pode ter sido causado por GELO NAS ASAS, fica a pergunta os sistemas de anti-gelo e degelo das asas estavam sendo usados?.
Na concepção dos engenheiros da Airbus os pilotos são perfeitamente incapazes, pois todos os comandos tem que passar pelo crivo do computador, exemplo: caso seja necessária extrema potencia para livrar um obstáculo se o computador achar que vai exceder os limites impedira a ação do piloto, pergunto, o que e melhor um motor torrado com avião inteiro ou motor limpo porem quebrado junto com o avião. Assim funcionam todos os sistemas das aeronaves da Airbus. Sensores, chaves, transdutores e indicadores podem falhar, o que não pode acontecer é o sistema de gerenciamento de vôo (EFIS) limitar ou impedir comandos dos pilotos. Mirem-se no exemplo da Boeing, onde basta pressionar um botão no manche para assumir comando total da maquina.

Se este acidente tivesse ocorrido com uma aeronave concebida nos anos sessenta eu diria que foi provocado por erro primário dos pilotos, porem neste caso acredito que a ingerência dos sistemas de gerenciamento de vôo foi decisiva para a perda de controle da aeronave.
Os sistemas de gerenciamento de vôo são essenciais nos aviões atuais, aliviam muito a carga de trabalho de tripulação propiciam economia de combustível, facilitam a rotinas de manutenção, permitem operação em pistas com visibilidade praticamente nula, porem apesar de toda esta capacidade são meros AUXILIARES dos pilotos que devem sempre ter PRIORIDADE TOTAL no comando da aeronave, isto é se for aplicado um comando que ultrapasse os limites estabelecidos pelo fabricante a função deve ser apenas de alerta a decisão final sempre cabe ao comandante.
As aeronaves da família AIRBUS são conhecidas por seus sistemas tomarem decisões a revelia dos pilotos, e muitas vezes impedirem ações corretivas adequadas em situações de emergência não previstas pelos geniais engenheiros do fabricante. Para os leigos:
Os aviões da fabricante européia são como um computador de ultima geração rodando Windows 95.
Já passou de hora de pilotos, associações de tripulantes, operadoras, passageiros e órgãos dos governos: BEA, FAA, NTSB, ANAC, exigirem modificações nos sistemas de controle de vôo da família AIRBUS para entregar o comando para quem de direito, isto é os COMANDANTES .
Adilar Cossa
Flight Engineer

terça-feira, 17 de maio de 2011

Jornal diz que dados de caixa-preta do voo 447 apontam erro dos pilotos



Le Figaro' diz ter tido acesso ao conteúdo das caixas-pretas.
BEA diz que, nesta fase do inquérito, nenhuma conclusão pode ser tirada.


Do G1, com agências internacionais *


O jornal francês “Le Figaro” informa nesta terça-feira (17) que análise inicial do conteúdo de uma caixa-preta do Airbus da Air France que fez o trágico voo 447, entre Rio e Paris, em 31 de maio de 2009, aponta "erro dos pilotos" como motivo do acidente que causou a morte de 228 pessoas. Agências internacionais de notícias reproduzem a informação do períódico.
O jornal francês diz ter tido acesso ao conteúdo das caixas, e informa que os primeiros dados examinados podem livrar de culpa a fabricante do avião, a Airbus. Segundo o Le Figaro, a Airbus já teria informado a seus clientes que, com base nas informações da investigação, não há nada tecnicamente de errado com suas aeronaves.
A informação, porém, não foi confirmada pelo Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês), órgão que investiga acidentes aeronáuticos.
De acordo com o BEA, a informação é um “tributo ao sensacionalismo, uma afronta ao respeito dos passageiros e tripulantes que morreram”.

Comentário:
Qualquer especulação sobre os fatos que causaram a queda do AF447 é sensacionalista e prematura, somente o relatório final poderá determinar as reais causas do acidente, e mesmo que aparentemente seja constatado falha dos pilotos teremos que saber se o erro não foi provocado por informações conflitantes dos sistemas eletrônicos do avião.
Esta noticia do jornal Francês tem toda característica de algo “plantado” visando livrar a cara do fabricante do A330.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

DIVULGAÇÃO DE DADOS CAIXAS PRETAS AF447



Lúcia Müzell - Terra
Direto de Paris

O BEA, escritório francês que apura as causas do acidente com o voo AF 447, anunciou nesta quinta-feira que as conversas dos pilotos gravadas numa das duas caixas-pretas do Airbus A330 que se acidentou no Oceano Atlântico jamais serão divulgadas à imprensa ou às famílias das vítimas. As caixas-pretas chegaram nesta manhã em Paris, onde a partir da tarde já começarão a ser manipuladas pelos investigadores.
"É um assunto muito sensível. Está fora de questão divulgarmos as conversas. Isso não foi jamais feito antes", disse o diretor do BEA, Jean Paul Troadec, durante coletiva de imprensa realizada na sede do órgão. "As conversas normalmente têm uma carga emocional muito pesada. Vamos utilizá-las como um elemento técnico essencial para compreender as causas do acidente, mas não há por que as divulgarmos."
As caixas-pretas foram apresentadas à imprensa e às famílias das vítimas poucas horas após chegarem à França. Uma contém as informações técnicas do voo, como os últimos procedimentos realizados a bordo, e a segunda é a gravação das conversas na cabine entre a tripulação. Alain Bouillard, chefe da investigação, anunciou que o BEA não vai revelar detalhes sobre a análise das gravações e dos destroços do avião antes do final das investigações - o que só deve acontecer, no mínimo, no início do ano que vem.
"Agora vamos entrar num longo processo de estudo de todas as peças recolhidas. É uma operação que não se conta em dias: se conta em semanas, em meses", afirmou Bouillard. "Estimo que apresentaremos um relatório da investigação no início de 2012."
As caixas-pretas permanecem guardadas em dois recipientes de vidro e imersas em água desmineralizada, a fim de evitar o processo de corrosão do material. Envoltas por diversas camadas de proteção, os cartões de memória encontram-se no interior das caixas-pretas - que na realidade são laranja.
Hoje à tarde, os especialistas do BEA abrirão os dois gravadores. Em seguida, retirarão os cartões de memória, semelhantes a uma placa de computador. As memórias passarão em seguida por um processo de secagem, por cerca de 12 horas. Após esse período, os técnicos vão inspecionar os possíveis danos que tenham afetado os equipamentos e tentarão fazer as reparações necessárias, antes de enfim repassar o conteúdo das gravações diretamente para um computador.
"Até segunda-feira, vamos saber se vamos poder ler as gravações contidas nas caixas-pretas", informou Troadec. "Estamos muito otimistas. Aparentemente, elas estão em bom estado e poderão ser lidas."
Brasil
Além dos especialistas do BEA, participarão do procedimento de abertura, tratamento e leitura das caixas-pretas o coronel brasileiro Luis Claudio Lupoli, em nome do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), funcionários da construtora das caixas-pretas, Honeywell, e representantes da Justiça e da polícia francesa. Todos os passos da manipulação das caixas-pretas serão gravados.
"Nós faríamos tudo exatamente como eles estão fazendo. Temos confiança plena no trabalho que está sendo realizado pela França", afirmou Lupoli. O coronel vai permanecer na França por tempo indeterminado para acompanhar o restante das investigações.
A análise de outras peças resgatadas do fundo do oceano, como a cabine de pilotagem, as turbinas e os motores, também ajudarão a esclarecer as causas do acidente. As sondas de velocidade pitot, cuja falha é apontada como o principal fator que levou à pane do avião, ainda não foram encontradas.
Jean Quintard, procurador-adjunto da República do Tribunal de Instâncias em Paris, ressaltou que a Justiça e o BEA levam duas investigações paralelas, embora troquem informações constantemente. "Vamos acompanhar de perto cada passo dessas análises, de hoje à tarde até a divulgação do relatório final, apontando os responsáveis pelo acidente", assegurou.
As operações de resgate de corpos e peças precisam acabar, no máximo, até 9 de junho, quando o navio Ile de Seine deve ancorar em Dacar, no Senegal. Da embarcação, os especialistas operam o robô Remora 6000, que a quase 4 km de profundidade captura os elementos que serão em seguida trazidos à superfície. Todas as peças e corpos recuperados serão levados à França.*******

Comentário:
Segundo opinião de pilotos e especialistas em aviação o Airbus A330 é uma aeronave que não inspira confiança, sempre fica o sentimento que a qualquer momento alguma surpresa pode acontecer. Por outro lado eticamente estas caixas pretas não deveriam ser analisadas na França, pais do fabricante do avião e da transportadora, nada contra o BEA que é responsável pela investigação do acidente com o AF447, porem a participação do NTSB (dos Estados Unidos) para acompanhar a investigação e essencial para não ficar duvidas sobre as reais causas da tragédia, também é necessário transparência total na divulgação de dados e conversas dos pilotos, contidos nas memórias das caixas pretas.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

AEROPORTOS DO BRASIL, Exemplo de incompetência do estado



A Presidente da República, Sra. Rousseff “gerentona” do PAC no governo anterior, funções acumuladas com as do ministério mais importante no triste (des)governo do Sr. da Silva, não só está impossibilitada de dizer que recebeu uma herança maldita de seu antecessor como se vê obrigada a tomar algumas decisões extremamente difíceis .
Em meu modesto pensar, já começou a fazer besteira, o que não condiz com sua fama de boa administradora.
No que considero ser um ponto nevrálgico para as obrigações assumidas pelo País, a situação dos principais aeroportos brasileiros, e me valho do parecer arrasador de um órgão governamental, o IPEA (Instituto de Política Econômica Aplicada): nenhum dos aeroportos brasileiros está em condições de atender à demanda que haverá por ocasião da Copa de 2014  e, o que é mais grave, nenhum ficará em condições até maio/junho de 2014 !
Desnecessário salientar que todos eles, sem exceções, são administrados integralmente pela Infraero, empresa estatal.
E agora o aspecto mais aterrador, que jamais havia visto em minha já não tão curta vida: a Sra. Rousseff, talvez querendo ser salomônica, decidiu conceder à iniciativa privada a obrigação de construir o que falta nos principais aeroportos para que fiquem em condições de suportar o tráfego gerado pela Copa-2014; essa empresa ou consórcio assumirá a responsabilidade pelo gerenciamento e pela administração da parte do aeroporto que tiver sido por ela ampliada.
O que existe atualmente continuará a ser gerido pela Infraero !
Será que alguém já pensou como isso poderia funcionar ?
Note-se: o que será construído será a ampliação (certamente com facilidades mais modernas) dos aeroportos, e não novas instalações que se integrem às atuais formando um todo harmônico.
Desde logo me veio à cabeça aquela muito antiga pergunta: existe meia gravidez ?  
Até é possível que as empresas mais importantes tenham – e administrem, seus próprios terminais; isso existe há muito tempo no Aeroporto Kennedy, em Nova York. Será que nossas empresas teriam recursos para isso ?
Mas o conjunto, como um todo, só pode ser administrado por um órgão. De outra forma, instalar-se-ia o caos. Por que ?
Imagine-se uma situação em que dois aviões, quase simultaneamente, pedirem autorização para pousar. Quem determinará a preferência ?
O mesmo pode ocorrer em caso de decolagens. 
Na realidade e em minha opinião, o correto seria entregar a operação aéreo-portuária integralmente a empresas privadas, já que ficou mais do que provado que a Infraero é, e sempre foi, um antro de corrupção. Deve pagar belos salários a seus administradores (sempre egressos de partidos políticos) que, por piores e mais ineficientes que sejam, ficam “grudados” a seus cargos.
E como a ANAC, agência reguladora que deveria ser a responsável pela regulação e controle do setor aéreo jamais fez qualquer coisa (exceto, talvez, a construção de vistoso edifício junto ao aeroporto de Porto Alegre) que preste, o realmente certo seria começar tudo de novo; do marco zero.
Mas, aparentemente, a Sra. Presidente não se sentiu poderosa o suficiente para tomar uma decisão tão radical ! Ou estarei errado, e existe meia gravidez ?
É de se prever que a vida da Sra. Presidente seja cada vez mais infernizada pela política.
Seu próprio atual partido não mais deverá apoiá-la como vinha fazendo e seria de esperar. Isso porque o novo presidente do PT é sombra do Sr. José Dirceu, que não tem o menor interesse em facilitar as coisas para a Sra. Presidente, que o sucedeu no cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil.
Como todos se lembrarão, quem realmente então mandava no PT era o Sr. Dirceu, o “Ali Babá” que chefiava os 37 ladrões (pena que não completaram os 40, para ficarem idênticos aos da estória...).
E certamente a eminência parda (agora nem tão parda) do PT é, novamente, o Sr. Dirceu.
Aliás, seria muito saudável se a Sra. Rousseff, ao mesmo tempo em que resolver esse problema, decida-se por adiar “sine die” a idéia de construir uma linha  para um trem-bala para o percurso Rio/S.Paulo/Campinas, por enquanto orçado em mais de trinta bilhões de reais, mas que certamente chegará a algo próximo de cinqüenta bilhões.
O Brasil não tem, definitivamente, recursos para tanto. E mesmo que um super-consórcio de empresas resolva assumir o custo, penso que o Brasil tem prioridades maiores e mais importantes com a saúde, instrução/educação, rodovias, portos, etc.
Além disso, se os atuais três aeroportos da Grande S. Paulo (Guarulhos, Viracopos e Congonhas) forem corretamente ampliados/adaptados e usados, não será necessário que exista um trem-bala.
Aliás, e para terminar, se a Presidente Rousseff conseguir que a corrupção neste País diminua para a metade do que é atualmente, já será uma vitória monumental.
E se, ao mesmo tempo, conseguir liderar uma reforma política que realmente tenha significado, sem ser apenas cosmética, terá meu voto na eleição de 2014 !!!!
 
 Autor:
Peter Wilm Rosenfeld
pwrosen@uol.com.br
Porto Alegre (RS), 04 de maio de 2011
 
foto:Folha de SP