domingo, 19 de abril de 2009

Procura-se um AVIADOR


Recebi esta preciosidade do colega Ivan Martins, onde podemos viajar e imaginar como eram heróicos os aviadores dos primordios da aviação.

Procura-se um aviador. Nem jovem nem velho, apenas antigo. Que tenha
sensibilidade para lidar comigo e compreenda minhas manias, pois já estive à
beira do desaparecimento e fui ressuscitado – ou restaurado – como dizem por
aí... Cada novo pedaço de tela, cada nervura, representa cicatrizes dos lanhos
de uma vida de vôos e pousos, mais rangidos, estalidos e tendências deste meu
corpo – ou fuselagem...
Meu piloto poderá falar quando quiser, mas, sobretudo, terá que saber escutar,
ouvir e entender os sons que sou capaz de emitir: como o assobio do vento
relativo nos meus montantes e estais; o ronco do meu fiel motor que, às vezes,
espouca e tosse, com um bafo de fumaça azulada.
Procura-se um humano que compreenda meus códigos, que talvez sejam
mensagens diluídas pelo tempo e remanescentes de aviadores antigos que me
conduziram, ou a outros iguais a mim.
Procura-se um aviador que não se importe com meu cheiro de dope, graxa e
gasolina, também não se melindre quando eu o respingar de óleo. Deverá ainda
saber usar a bússola e ler uma carta seccional, reconhecendo referências no
terreno, compensando o vento e mantendo a rota, sem precisar de mostradores
elétricos. Este piloto decerto apreciará as pistas de grama e cascalho, no meio
de plantações, pastagens ou na beira dum lago...
O aviador que procuro deverá saber extasiar-se com minhas antiquadas
chandelles, turneaux e loopings, apenas alegres e expontâneos bailados, sem
pretensão a aplausos ou troféus.
Procura-se um aviador que tenha prazer de voar a qualquer hora, mas
preferindo decolar ao nascer do sol, ou conduzir-me nas luzes mágicas do sol
poente. Meu piloto será um saudosista por certo, sobrevivente do tempo em que
um avião era um avião, e não um foguete com asas, recheado de automatismos.
Este piloto será tido como esquisito, pois será reservado e escondido, com seus
sismares, numa surrada jaqueta manchada de óleo. Será encontrado, junto com
poucos iguais a ele, numa boa conversa de hangar.
O aviador que vier por este anúncio será aquele que procure poesia na aviação.
Procura-se este aviador raro, que tenha carinho por mim, a despeito de minha
idade, e que, principalmente, não permita que lhe arranquem o romantismo.
Interessados dirigirem-se ao HANGAR da SAUDADE, no Campo dos
Sonhos, procurar pelo BIPLANO ABANDONADO.
Adaptado de Edgard O. C. Prochaska

domingo, 12 de abril de 2009

sábado, 11 de abril de 2009

Continua tudo como antes

Os últimos balanços das duas principais empresas de transporte aéreo do Pais apresentam prejuízo, seria isto um fato circunstancial ou um problema recorrente.
Varig Transbrasil e Vasp tiveram problemas de gestão, pelo que se tem visto as atuais empresas alem do problema referido têm outros, tais como falta de experiência em áreas vitais planejamento inadequado e concorrência predatória entre elas e com outras empresas menores.
Para o governo, apesar da ANAC trabalhar para colocar um pouco de ordem no setor, a única coisa que interessa é a arrecadação, não existe interesse em desoneração. Enquanto isto empresas estrangeiras voam para Brasil com uma carga de impostos muito menor.
Se compararmos os serviços das tranportadoras atuais com as de algumas décadas atrás constatamos que estão muito piores, apesar da grande evolução tecnológica das aeronaves atuais, principalmente nos quesitos consumo de combustível e manutenção.
Para melhorar somente quando governo e empresas pensarem em primeiro lugar na sua excelência: O PASSAGEIRO.

Nova transportadora de carga


Com sede em Curitiba, a nova empresa estará iniciando em breve as suas atividades.
Desejamos sucesso e vida longa para a RIO LINHAS AEREAS.

Grupo paranaense cria companhia aérea de cargas
Gazeta do Povo
Publicado em 28/04/2009 | Alexandre Costa Nascimento
Em maio uma nova companhia aérea deve decolar no Paraná. Com investimento inicial de US$ 5 milhões, o grupo JetSul, responsável pela maior empresa de aviação executiva do Sul do país, constituiu a RIO Linhas Aéreas, que vai operar no transporte nacional e internacional de cargas. O primeiro avião da empresa, um Boeing 727-200F, está no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, aguardando a última autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para realizar o primeiro voo.
Inicialmente, a RIO prestará serviços para outros agentes de cargas, como a VarigLog, Correios e Banco Central, realizando voos de acordo com as necessidades desses operadores.
O modelo de negócios da RIO será focado no sistema ACMI, que consiste em fornecer Aeronave (Aircraft), Tripulação (Crew), Manuntenção (Maintenance) e Seguro (Insurance) para grandes operadores logísticos e outras companhias aéreas.
A RIO deve ser única empresa do Brasil dedicada a prover este tipo de serviço. “Algumas empresas de transporte têm contratos que às vezes não podem cumprir, por falta de aeronaves; aí, a saída é alugar aviões de outras empresas. Mas essas empresas devem ser homologadas para operar neste tipo de transporte, como é o nosso caso”, explica o assessor de planejamento da RIO, Mauro Martins.
O plano de negócios da companhia também prevê a possibilidade de operar no futuro com o transporte segmentado de passageiros. Esta modalidade consiste em atender rotas específicas onde há demanda mas não existe linha regular. “Uma dessas hipóteses seria uma linha de passageiros ligando Curitiba a Manaus, passando pelo Centro-Oeste. Estes estudos já existem, mas só serão executados numa próxima fase, após a consolidação no setor de cargas”, afirma Martins.
Aeronave
O Boeing 727-200F, que tem capacidade de transportar até 25 toneladas, foi financiado em 2 anos com recursos da própria empresa. No futuro, a RIO também pretende incorporar um DC-10 à sua frota de operações com cargas.
Em 2008, a exportação de cargas pela via aérea movimentou pouco mais de US$ 10 bilhões em todo o Brasil, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Deste total, US$ 475 milhões partiram de aeroportos paranaenses.
“O Paraná é o quinto estado brasileiro em importação e exportação (de cargas aéreas) e o segundo no segmento de produtos eletrônicos. Mas, atualmente, 80% da carga paranaense é exportada a partir de Viracopos, em Campinas. Queremos aproveitar esse potencial, fazendo o desembaraço alfandegário aqui mesmo, no Paraná”, explica o diretor.