quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cancelamentos atingem 63% dos voos da Webjet nesta quarta; problema já dura 3 dias




29/09/2010 - 08h03
DE SÃO PAULO ,UOL

A Infraero registrava por volta das 8h desta quarta-feira cancelamento em 63,6% dos voos programados pela companhia Webjet. Ao todo, foram 14 voos cancelados em todo país, de um total de 22 voos programados. Além disso, havia registrado de um voo com mais de 30 minutos de atraso no horário.
Esse é o terceiro dia consecutivo em que a companhia registra cancelamentos e atrasos. A empresa foi obrigada a reduzir o número de voos na última semana para cumprir a regulamentação da jornada máxima de trabalho dos aeronautas, a Webjet informou que a situação foi provocada pelo aumento da demanda da empresa. A previsão da empresa é que até sexta-feira (1º) a situação esteja normalizada.
Por conta dos problemas, a Anac determinou a suspensão da venda de bilhetes pela companhia até sexta. Ontem, a aérea informou vai acatar a determinação.Em julho, a empresa já tinha sido multada em R$ 225 mil por carga horária excessiva da tripulação.
Além de suspender a venda de bilhetes, a agência reguladora também vai intensificar a fiscalização da companhia tanto nos aeroportos quanto no centro de operações da empresa. O índice de voos cancelados pela empresa passou de 2,4% em agosto para 5,7% em setembro e chegou a 9,7% na última semana.
RECLAMAÇÕES
Os juizados especiais instalados no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (região metropolitana), e no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) registraram na última segunda-feira 26 reclamações, todas contra a Webjet. Nesta terça-feira, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, não houve procura por atendimentos nos postos.
O Tribunal de Justiça do Rio não soube informar quantos dos 188 atendimentos realizados nos dois aeroportos da cidade foram causados por problemas dos passageiros da Webjet.
SINDICATO
O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) divulgou nota na segunda reclamando da sobrecarga dos funcionários das empresas aéreas. "Há algum tempo o SNA vem denunciando o descumprimento da regulamentação profissional nas empresas de aviação comercial brasileiras. A sobrecarga de trabalho, além de ser um fator gerador de estresse para os aeronautas, gera atrasos e cancelamentos de voos", informou o sindicato.
A entidade defendeu a fiscalização, "em nome da segurança de voo". Para o sindicato, a empresa deve se adequar às necessidades, entre elas o retorno de um quarto comissário a bordo.
WEBJET
Depois de passar por uma crise em 2005, quando chegou a ficar três dias sem operar nenhum de seus 26 trechos, a Webjet vive um momento de ascensão.
A empresa aérea foi comprada pela operadora de turismo CVC em 2007, quando possuía apenas 0,6% dos voos domésticos no país.
Atualmente, a empresa possui 5,8% do mercado aéreo doméstico, sendo a quarta maior companhia aérea do país. Segundo dados da Anac, a Webjet teve alta de 57% na demanda de passageiros em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado..
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Observação:
Todas empresas nacionais sabem dos limites de horas de trabalho dos tripulantes, estes limites são determinados por lei federal que deve ser obedecida porem sempre trataram de usar o famoso jeitinho brasileiro. Agora com as constantes denuncias de abusos do sindicato a ANAC resolveu tomar uma atittude impondo pesadas multas as empresas.
Observem que tanto no caso da GOL como da WEBJET os problemas aconteceram no final do mês indicando que o problema é causado pela não observância da lei no planejamento da escala de voo provocando o estouro de horas dos tripulantes cerca de quatro dias antes do final do mês .

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Presidente da Ryanair diz que copilotos são desnecessários




Efe------- 08 de setembro de 2010 | 5h 45.
Para ele o computador de bordo cuida 'praticamente de tudo' e as empresas aéreas 'economizariam uma fortuna'


LONDRES - O executivo-chefe da companhia aérea européia de baixo custo Ryanair, Michael O'Leary, conhecido por suas pouco tradicionais medidas para economizar, afirmou que os copilotos não são necessários nos aviões modernos, pois "o computador já se encarrega praticamente de tudo".
Com o fim dos copilotos, "as companhias aéreas economizariam uma fortuna", disse O'Leary, em entrevista ao jornal britânico Financial Times, acrescentando que "nos trens só há um maquinista, e se ele sofrer um ataque cardíaco pode haver uma colisão".
"Em 25 anos e após cerca de dez milhões de voos, só um de nossos pilotos sofreu um ataque cardíaco, e mesmo assim conseguiu fazer o avião aterrissar", disse. O'Leary reconheceu que nos voos internacionais de longa distância os dois pilotos são necessários, mas nos mais curtos, como os da Ryanair (que só voa na Europa e norte da África), os comissários de bordo podem substituir o copiloto, cujo única tarefa, segundo ele, "é assegurar que a pessoa ao comando não está dormindo e se vai bater a cabeça nos controles".
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Comentário:
Primeiro eliminaram o rádio-telegrafista depois o navegador e nos anos 80 o engenheiro de voo, agora já estão falando abertamente em tirar o copiloto. Parece que o dono desta empresa é totalmente leigo ou nunca esteve numa cabine de comando durante uma operação fora do normal, arremetida, pane, condições meteorológicas adversas etc.,
Apesar dos amplos recursos tecnológicos das aeronaves atuais pela quantidade de parametros e procedimentos à serem executados e monitorados durante um voo a utilização de um único tripulante resulta numa impossibilidade técnica.
Com a evolução dos aviões militares pilotados remotamente é provável que a longo prazo esta técnologia chegue a aviação civil.
A ultima do Sr. O´Leary é pensar em usar os copilotos para servir lanches, é hora dos pilotos e suas associações tomarem alguma attitude, pois o mínimo que que se deve exigir das empresas e respeito profissional.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Autoridades Chinesas responsabilizam piloto por acidente com Embraer190



EFE - Agência EFE

As autoridades da Administração de Aviação Civil da China (CAAC, sigla em inglês) acusaram o piloto do avião da Embraer que se acidentou no último dia 24 no aeroporto da localidade de Yichun, no nordeste do país, causando 42 mortes, de ser o responsável pelo acidente.
Segundo o site Sohu.com, um dos mais importantes do país asiático, as conclusões oficiais da investigação do acidente ainda não foram publicadas, mas apontam diretamente para erros do capitão do aparelho, Qi Quanjun, que sobreviveu ao acidente.
O diretor de Aviação Civil da China, Li Jiaxiang, afirmou que as análises do cenário do acidente mostraram que o piloto cometeu um erro "muito básico".
"O avião fez ação de aterrissar quando ainda não tinha chegado ao início da pista do aeroporto. Ele não teve um julgamento básico sobre o processo de aterrissagem", segundo Li.
O piloto, de 40 anos, tinha 4.250 horas em voos comerciais, e antes fez parte das forças aéreas do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês.
Os relatórios de imprensa assinalaram que Qi Quanjun se retirou do ELP aos 33 anos para passar à aviação civil, onde fez testes para se tornar piloto dos aviões Boeing 737, sem conseguir a qualificação. Em seguida, conseguiu permissão para pilotar os Embraer E-190, de menor envergadura.
Os registros mostram que o piloto começou a capitanear este tipo de aeronaves no dia 7 de abril de 2009. No dia 24 de agosto, um E-190 da companhia chinesa Henan Airlines se acidentou perto da pista de aterrissagem do aeroporto Lindu, na localidade de Yichun, na província de Heilongjiang, e ficou envolvido em chamas com 96 pessoas a bordo, no primeiro grande acidente da aviação chinesa nos últimos seis anos.
O incidente colocou em xeque a qualificação dos pilotos da aviação comercial chinesa, depois que foi provado que cerca de 200 pilotos da Shenzhen Airlines, proprietária da Henan Airlines, mentiram em seus currículos sobre a experiência de voo acumulada.
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Este vídeo mostra outro acidente recente ocorrido com um Boeing da Turkish Airlines, onde fica claro a falha dos pilotos.
Em todo mundo esta havendo escassez de pilotos, parte deste problema começou em meados dos anos noventa quando as empresas decidiram reduzir custos onde o principal alvo foram os tripulantes, os mais antigos e bem renumerados foram aposentados ou demitidos, os planos de carreira foram espremidos a tal ponto que na America um comandante hoje ganha praticamente o mesmo que um copiloto na época referida. Hoje no inicio de carreira nas empresas regionais americanas um piloto ganha pouco mais de 2000 dolares, com isto caiu muito o interesse na carreira, este problema se extende a muitos outros paises.
Com a grande expansão das frotas notadamente na asia e oriente onde existem poucas escolas para formação de pilotos, daí a necessidade de importar tripulantes e reduzirem os pré requisitos de experiência e horas de vôo, com isto apesar do automatismo o risco de acidentes aumenta muito. Estes dois acidentes devem servir de alerta , algumas attitudes precisam ser tomadas.
Clique aqui para o video