sábado, 7 de agosto de 2010

Especialista: fim da Varig fez pilotos migrarem e gerou déficit



07 de agosto de 2010 • 13h36
Daniel Favero
Os recentes atrasos e cancelamentos nos voos da Gol teriam sido ocasionados por falhas no sistema de escala. De acordo com funcionários da companhia, a carga de trabalho aumentou de maneira preocupante, colocando em risco até a segurança dos voos. Para o pesquisador da área de transportes do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ) Elton Fernandes, após o colapso da Varig, em 2007, muitos profissionais brasileiros migraram para o mercado estrangeiro, gerando um déficit no País.
Os riscos à segurança ocasionados pelo cansaço não são um problema específico do Brasil. Pilotos americanos relatam incidentes após 14 horas de voo, e tripulantes de companhias do Oriente Médio afirmam que enfrentam uma carga horária até 55 horas maior do que a estabelecida pela legislação brasileira.
A lei nº 7.183, de 1984, que regulamenta a profissão do aeronauta, estabelece que a jornada de trabalho, contada entre a hora da apresentação do tripulante e encerrada 30 minutos após a parada final dos motores, não pode exceder 11 horas diárias, 85 mensais.

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