segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OS CHINESES ESTÃO CHEGANDO, DIGO, VOANDO

Avião deverá ser usado para ajuda humanitária no país asiático
Foto: Reprodução

A China testou com sucesso no sábado um grande avião com multifunção de transporte de cargas e de passageiros, de acordo com informações do jornal China Daily.
O Yun-20, ou Transporte-20, deve ser utilizado para a defesa da China e também para melhorar o acesso do país em casos de emergência como alívio de desastres e ajuda humanitária. O avião gigante deve continuar a realizar experimentos e os voos de teste, conforme informações do Global Times.

fonte:Terra

sábado, 26 de janeiro de 2013

Boeing 707 -345 C VJX –Varig \KC 137 FAB






A historia deste avião que é um sobrevivente  da época de ouro da pioneira que posteriormente foi cedido a FAB onde continuou a ser um herói dos ares.  Em  vídeo do YouTube.
Colaboração: Ivano Caron
Vídeo: Conviar 990

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Boeing 787 não tem prazo para voltar a voar





Autoridades reguladoras do Japão uniram-se às dos Estados Unidos nas investigações dos recentes incidentes a bordo do jato 787 Dreamliner, da Boeing, mas não concordaram em descartar sobrecarga de bateria como causa de fogo na aeronave. Os voos da aeronave estão suspensos durante uma semana sem uma previsão sobre quando poderão voltar a operar.

A solução da questão da bateria se tornou foco principal da investigação, apesar da agência federal de aviação dos EUA (FAA) ter afirmado na quarta-feira que ainda não há respostas firmes sobre a causa do surgimento de fogo e prazo para voltarem a voar. Enquanto isso, entregas do sofisticado avião estão ficando para trás e um importante cliente chinês da aeronave lamentou os atrasos e afirmou que seus planos de crescimento estão sendo prejudicados.

Autoridades decidiram deixar o 787 em terra em 16 de janeiro, depois de uma série de incidentes de segurança com o modelo, incluindo incêndio em bateria nos EUA e Japão. O problema no Japão causou um pouso de emergência. Na semana passada, a agência nacional de transportes dos EUA (NTSB) afirmou que o fogo em um 787 da Japan Airlines em Boston não foi causado por excesso de voltagem, e na quarta-feira autoridades japonesas concordaram com as investigações nos EUA, mas descartaram a possibilidade de problema na bateria como motivo do incidente em um voo da All Nippon Airways.

 "Aparentemente, parece que não houve sobrecarga", disse Norihiro Goto, presidente da agência de segurança em transportes do Japão (JTSB, na sigla em inglês), a jornalistas. "O fato de que tais incidentes relacionados a sistemas elétricos ocorreram consecutivamente, na minha perspectiva, não poderia ser esperado. Estamos encontrando dificuldade em tentar entender que tipo de investigação deveríamos assumir."

No final da quarta-feira, a NTSB informou que mais testes estão sendo feitos na bateria danificada no incêndio ocorrido em Boston, incluindo avaliações individuais das células da bateria. A presidente da agência, Deborah Hersman, deve dar mais informações nesta quinta-feira. A investigação também renovou inquérito sobre a decisão da FAA de 2007 que permitiu a Boeing usar uma tecnologia altamente inflamável no 787. Uma comissão do Senado dos EUA vai fazer uma audiência nas próximas semanas para avaliar a supervisão de segurança que embasou a decisão da FAA, afirmou um assessor parlamentar na terça-feira.

Enquanto a NTSB e a JTSB buscam uma solução para questão da bateria, há ainda um assunto aberto em torno de vazamentos de combustível do Dreamliner. No início de dezembro, autoridades dos EUA alertaram para uma falha de manufatura das linhas de combustível e no início deste mês um 787 da JAL em Boston sofreu um vazamento antes de decolar.

A Boeing já entregou 50 aviões 787 até agora. Cerca de metade dessas aeronaves estava em operação no Japão, com o restante sendo operado por companhias aéreas nos Estados Unidos, Índia, América do Sul, Polônia, Catar e Etiópia. A EADS, principal rival da Boeing, afirmou na quarta-feira que não espera que os problemas no 787 afetem a certificação de seu avião concorrente, o Airbus A350.

"Faremos o que for necessário para evitar os mesmos problemas", disse o chefe de estratégia da EADS, Marwan Lahoud, a uma emissora de rádio da França.
Fonte: Terra

Comentário:
È normal que apesar de exaustivos testes aeronaves  novas e incorporando mudanças tecnológicas drásticas apresentem diversos problemas que aos poucos vão sendo solucionados. Neste caso o preocupante e o problema da bateria de niMH (conhecida pelo uso em celulares e câmeras digitas entre outros)  devido as necessidades de energia do Boeing 787 esta armazena grande  quantidade de energia o que a torna potencialmente perigosa no caso de sobrecarga ou falha de uma ou mais células, podendo gerar um incêndio incontrolável, portanto esta é a principal razão para perda de licença de voo, o que esta causando sérios prejuízos aos operadores e a fabricante. * ByAAC*

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A HISTÓRIA QUE INTERESSA





Por Joao Carlos Bolognese

Cada um tem o direito à própria história e ao seu controle, se possível. Quando esse controle é feito por terceiros, não se tem uma história, mas a versão de quem conta. Nesses últimos seis, quase sete anos, apesar de esforços individuais, a história dos variguianos, como vem sendo contada, é feita segundo um modelo que não deixa dúvidas quanto à culpa pela degradação da vida desses trabalhadores. Eles próprios seriam os responsáveis por estarem sofrendo o desemprego, a perda dos direitos trabalhistas e o calote nas pensões dos aposentados. Alvo de suas escolhas equivocadas, os ex trabalhadores e aposentados da Varig estariam – numa estranha demonstração de que no Brasil a justiça funciona – pagando até por antecipação, antes mesmo de sentença “transitada em julgado”, como se diz em juridiquês, haja vista esses quase sete anos de penúria, num caso em que nem se considera a “progressão de pena”, benefício que contempla vários tipos de crimes – corrupção, sem dúvida – e outros onde o senso comum recomenda que se tranque o criminoso e se jogue fora a chave.

Absurda assim, esta é a história que se conta sobre nós cada vez que a “União”, através de seus vigilantes do peso das arcas do tesouro nacional expedem liminares descumprindo decisão judicial (não sei como conseguem, mas no Brasil pode) impedindo-nos de sair dessa história de horror que já se aproxima do sétimo ano.

Vivemos numa época em que, dependendo de quem conta, as versões valem mais do que os fatos, pois contar uma história que se pretende verídica sobre seja lá o que for, é um exercício de poder. Com uma imprensa que cada vez mais vocaliza em vez de questionar as falas e atitudes do estado, não sobra poder do lado mais fraco para contar sua história, ainda que inacreditável, mas verdadeira, como a que se passa com os variguianos.

As lendas da aviação, fascinantes em si, não revelam toda a história de dedicação e racionalidade necessárias a quem trabalha sob a lupa das normas e procedimentos que fazem a segurança dessa atividade - embora de alto risco – mas com baixas estatísticas de fatalidades, considerando apenas o setor de transportes.

Fascinante para os de fora, trabalhar na aviação é para quem gosta e aceita que fazer o que é correto - a única opção. É concordar que, por questão de ofício e por autopreservação, não podemos trair normas que aceitamos pela profissão, pois além de ser a traição da confiança pública, é com certeza o caminho da nossa própria extinção.

E no nosso caso, não diferente dos de outras empresas e profissões, para que a nossa extinção física não se desse logo após cumprida a missão, isto é, ao nos aposentarmos, foi criado para o nosso alívio o Instituto Aerus, que deveria ser o “happy ending” de nossa história de vida dedicada ao trabalho de construir uma aviação comercial que fizesse bem ao país. O que foi feito enquanto deixaram. Em contrapartida, o país, pelas mãos de quem está agora no poder, não faz nenhum bem aos trabalhadores remanescentes dessa aviação que foi a era Varig.

Para se falar sobre nós e tomar decisões que afetam seriamente as nossas vidas, é preciso levar em conta o que modestamente expus como os fatos que realmente contam para quem trabalhou, se aposentou ou apenas perdeu seu emprego na Varig. Para falar de nós e decidir o nosso destino, é preciso que se lembre do nosso profissionalismo, de nossa aversão à negligência operacional, o que leva necessariamente à conclusão que se agíssemos com o descaso e indiferença que agora nos dedicam, muita pessoas que estiveram sob nossos cuidados em aviões da Varig, hoje não estariam seguindo suas vidas normalmente, incluindo talvez uns tantos que, sabedores dos fatos tanto quanto nós mesmos, ainda insistem em nos prejudicar.

Finalizo com a esperança que a seriedade profissional de respeito às normas, e sobretudo à vida das pessoas que permeia a história dos variguianos, seja a mesma seriedade com que seremos tratados a partir deste ano que se inicia. E que fique claro que, se era obrigatório nós sabermos que a negligência mata, que não venhamos a ser prejudicados pelo que mais combatemos em nossa profissão.

Feliz 2013 para nós todos!

JC Bolognese