texto de Gianfranco Beting
Colaboração Ivan Martins
Esta é, até hoje, a única história de um desastre aéreo que causou mais espanto com o que aconteceu depois da tragédia. Acompanhe...
Miami, a mais importante cidade da Flórida, é banhada à leste pelo Oceano Atlântico que deu à Miami belas praias, trazendo turistas que impulsionam a economia local. Pelo lado oeste a natureza foi menos pródiga: os Everglades formam uma das maiores regiões alagadas do mundo, um extenso e escuro pântano localizado sob a rota de aproximação oeste para o Aeroporto Internacional de Miami.
A noite de 29 de dezembro de 1972 era típica desta época do ano, cristalina e escura também: era fase de lua nova. Não era possível distinguir céu e terra, pântano e firmamento. A escuridão embaralhava a visão, afetava o julgamento de espaço e distância. As 21h20 decolou do Aeroporto JFK em New York, 1.755 quilômetros ao norte de Miami, o vôo Eastern 401, operado por um L-1011 Tristar, matriculado N310EA, com apenas 4 meses e 10 dias desde que fora entregue à companhia.
Os 163 passageiros à bordo voariam no que havia de mais moderno e confortável: com capacidade para quase 300 passageiros, o Tristar era um dos novos wide-bodies, aviões de fuselagem larga, sensação no início dos anos 70. Na cabine de comando estavam três profissionais experientes. O comandante Robert Loft tinha mais de 30.000 horas de vôo em seus 55 anos de vida, mas apenas 300 delas no comando do Tristar. O primeiro-oficial Bert Stockstill, com 42 anos e o engenheiro de vôo Don Repo, com 51, completavam a tripulação técnica. Na cabine, cuidavam dos passageiros 10 comissários e comissárias.
Doris Elliott era comissária na Eastern. No começo de dezembro de 1972, enquanto trabalhava na galley durante um vôo entre Orlando e JFK, subitamente teve uma visão: um Tristar da Eastern batendo nos Everglades numa noite escura. A sensação foi tão forte que Doris atirou-se numa poltrona vazia e pediu ajuda às suas colegas comissárias. Assustadas, perguntaram à Doris a razão de seu mal estar. Doris respondeu aos soluços: "vamos perder um Tristar nos Everglades... perto do Natal.... vai ser de noite... morrerá muita gente". Suas colegas tentaram acalmá-la.
-Bobagem, Doris: nada disso vai acontecer, disse uma delas.
Não, retrucou Doris com firmeza. "Eu tenho visões. Desde minha adolescência é assim: eu vi um trem colhendo um carro cheio de colegas, cinco dias antes do acidente. Eu vejo as coisas e elas acontecem."
Uma das comissárias perguntou:
-Estaremos no avião, Doris?
-Não. Mas vai ser por pouco.
Eastern 401
No dia 29 de dezembro, Bob Loft acordou cedo e cuidou do jardim de sua casa. Afável, sério e consciencioso, extremamente frio sob pressão, Loft era o piloto número 50 na lista de mais de 4.000 tripulantes técnicos da Eastern. Sua jornada naquele dia seria apenas uma ida e volta entre Miami e JFK.
No aeroporto JFK, Doris aguardava seu último vôo do dia, o Eastern 401 com destino à Miami. Ela chegara a pouco, vinda de Tampa. Outro vôo da companhia, o Eastern 26, estava muito atrasado e traria a tripulação para trabalhar no vôo 477. Como o vôo 26 não chegava, foi necessária uma mudança de última hora na escala dos tripulantes: foi dada a ordem para Doris e suas colegas embarcarem no vôo 477 com destino à Fort Lauderdale via West Palm Beach. A tripulação chegando no vôo 26 seria então alocada ao vôo 401. A troca foi feita e Doris não se queixou: chegaria mais cedo em casa.
Finalmente, com a tripulação transferida do vôo 26, o Eastern 401 pode partir. Ajudado por um vento de cauda, o L1011 tirou parte do pequeno atraso na partida. O vôo transcorreu normalmente. Eram 23:29 e o Tristar manobrava sobre a escuridão do pântano, em aproximação para a pista 09L. Na reta final, ao passar pela marca de 3.000 pés, Stockstill percebeu que a luz de indicação de travamento do trem de pouso dianteiro não estava acesa. A apenas 1.500 pés de altura e a segundos do pouso, o cauteloso Loft comandou uma arremetida. O Tristar ganhou altura e solicitou à torre instruções, recebendo como resposta:
-Eastern 401, suba e mantenha 2.000 pés, contate o controle de saída na freqüência 128.6.
O Tristar executou uma curva para a proa 360 e depois tomou o rumo 270, sobrevoando os Everglades. A tripulação solicitou e obteve autorização para descrever uma série de órbitas, enquanto tentava descobir o problema.
Angelo Donadeo era engenheiro na Eastern, responsável pelos Tristar na frota e fã do moderno jato da Lockheed, que conhecia como poucos. Voava naquela noite como observador na cabine, ocupando o assento extra conhecido como jump-seat. Quando surgiu o problema, Donadeo prontificou-se a ajudar a tripulação. O comandante Loft acreditava tratar-se apenas de uma lâmpada queimada, ao invés de um real problema no mecanismo do trem de pouso.
Para verificar se o trem estava baixado e travado na posição segura, era preciso descer na baía de eletrônicos, situada numa caverna sob o piso da cabine de comando e de lá observar (através de um periscópio especialmente desenhado para esta função) se o trem de pouso dianteiro estaria travado. O acesso à baía era feito por uma escotilha no chão da cabine de comando.
Donadeo e Repo desceram, encontrando dificuldade em enxergar claramente na apertada e escura baía. O Tristar voava no piloto automático, cumprindo sua órbita a 2.000 pés, enquanto a tripulação tentava resolver o problema. Impaciente, Loft ergueu-se de seu assento. Ao fazê-lo, sem perceber empurrou a coluna de comando e desligou o piloto automático, uma configuração de sistema onde bastava um pressão de 15 a 20 libras sobre a coluna de comando para desligar o auto-pilot. Loft e sua tripulação não perceberam que o Tristar iniciara por contra própria uma suave descida, abandonando a altitude de 2000 pés. Prosseguindo na tentativa de resolver o p[roblema, minutos após, Repo e Donadeo confirmaram: o trem estava baixado e travado; o L-1011 poderia pousar com segurança.
Loft e Stockstill voltaram às suas posições. Loft chamou a torre Miami e informou que estava pronto para reiniciar sua aproximação. Já em seu assento, Stockstill examinou o painel à sua frente. Espantado, descobriu que o L-1011 voava mais rápido que o previsto, 190 nós. Olhou para o altímetro, este marcava menos de 100 pés de altitude. Sua voz saiu num tom elevado, denunciando sua surpresa:
-Nós fizemos alguma coisa com a altitude!
-O quê? Perguntou surpreso o comandante Loft.
-Ainda estamos a 2.000 pés, certo?
Loft olhou para seu altímetro. Olhou também para fora: notou um estranho brilho nos visores frontais: as luzes de aproximação do Tristar começavam a ser refletidas nas águas escuras dos Everglades. Eram 23h42:05. A voz tensa de Bob Loft ficou regsitrada no gravador de cabine:
-Ei, o quê está acontecendo aqui?
Às 23h42:09 da noite de 29 de dezembro de 1972, o Tristar matriculado N310EA entrou voando a 400 km/h no pântano. A desintegração foi imediata. A fuselagem partiu-se em três grandes partes, separando-se das asas, motores e da cauda. Muitas partes afundaram e desapareceram de vista. Outras, pedaços desmembrados como gigantesca carcaça, permaneceram sobre as águas, gigantescas lápides a marcar o local onde 99 pessoas perderam a vida estupidamente.
Horas depois, equipes de resgate chegaram ao que restou da cabine de comando em busca dos tripulantes. Stockstill morrera no impacto inicial. Bob Loft, com graves ferimentos na cabeça, várias costelas e coluna fraturadas, fitou os membros da equipe de resgate que tentavam consolá-lo e disse simplesmente: vou morrer. Em mais um par de minutos, Bob Loft perdeu sua última batalha.
O resgate agora concentrava-se em Repo e Donadeo, que ainda estavam dentro da baía de aviônicos na hora do impacto. Finalmente libertados dos destroços pelos paramédicos, foram levados ao hospital. O engenheiro Don Repo resistiu por apenas mais algumas horas. Donadeo sobreviveu, apesar de seus ferimentos graves.
Do luto ao espanto
Doris estava no ônibus da tripulação quando foi avisada do desastre. Imediatamente lembrou-se de sua premonição e irrompeu num pranto descontrolado. A dor atingiu todos da família Eastern, especialmente pelo desastre ter ocorrido na cidade-sede da empresa, Miami. Mas foi em fevereiro de 1973 que a empresa passou do luto ao espanto. Num Tristar idêntico ao acidentado, matriculado N318EA, começaram a acontecer fatos estranhos. De uma hora para outra, tripulantes trabalhando na galley de porão reclamavam que a temperatura estaria fria demais. Essa galley era uma característica única do Tristar, de maneira a permitir uma maior ocupação de assentos na cabine principal. O acesso de tripulantes e refeições era feito por um pequeno elevador.
Uma comissária, Virginia P., trabalhava esquentando as refeições quando notou uma névoa ou halo começando a se formar na galley. Parou o que fazia e olhou com curiosidade para o estranho fenômeno: era como uma pequena nuvem que crescia no exíguo espaço: para seu espanto, começou a se formar dentro dessa nuvem uma imagem. Paralisada de medo, Virginia viu um rosto lentamente surgir: a face do engenheiro de vôo Don Repo.
Virginia, em desespero, subiu para a cabine principal. Atordoada, nada disse aos colegas, exceto que não passava bem. Com medo de ser afastada por insanidade, guardou em segredo a aparição. Mas menos de um mês após, soube de outro incidente a bordo do N318EA.
A volta do Comandante
Certo dia, durante os procedimentos de embarque no aeroporto de Newark, a comissária chefe de um vôo com destino à Miami percebeu a presença de um comandante da Eastern sentado na primeira classe. Conferindo sua lista, não encontrou registro de nenhum tripulante voando como passageiro extra. Aproximou-se e indagou o comandante. Este, com uma estranha expressão no rosto, que misturava um claro desconforto e tensão, olhava fixamente para a frente e não respondia às perguntas da comissária, que começou a ficar irritada. As constantes perguntas sem resposta atrairam a atenção de outros passageiros da primeira classe.
Perdendo a paciência, a comissária foi até a cabine e chamou o comandante do vôo, para que ele tentasse obrigar o estranho tripulante a se comunicar. Ao chegar na poltrona, o capitão do vôo reconheceu o comandante silencioso. Sem se conter, gritou: "Meu Deus, é Bob Loft!" Na frente de todos, a silenciosa figura desapareceu no ar. O vôo foi cancelado, passageiros histéricos tiveram que ser atendidos e acalmados. E com este incidente, a imprensa tomou conhecimento que havia algo a mais nos aviões da Eastern.
O livro de bordo do N318EA, onde as tripulações reportam anomalias, discrepâncias e panes, começou a ficar cheio de anotações como estas:
"JFK... durante reabastecimento... VP da Eastern primeiro a embarcar... cumprimenta comandante no avião... percebe ser Bob Loft... VP sai do vôo."
Vôo NY-Miami... Cmte. Loft visto por 3 tripulantes que tentam falar com ele... Loft não responde e desaparece na frente dos três... avião inteiramente revistado... vôo cancelado."
Os livros de bordo de mais duas aeronaves, o N317EA e N308EA passam a colecionar anotações como estas: "Funcionários da Marriott reabastecendo a galley de primeira classe... saem correndo do avião e recusam-se a voltar... homem com roupa de segundo oficial teria aparecido na galley... e desapareceu em pleno ar logo e seguida."
"Comissária abre o compartimento de bagagens e dá com o rosto de Bob Loft dentro do compartimento olhando fixamente em seus olhos... comissária desmaia... vôo atrasado."
"Co-piloto faz a volta olímpica na aeronave, check pré-vôo... retorna ao ao seu assento na cabine... encontra engenheiro de vôo sentado em sua poltrona... engenheiro diz: "já fiz o pré-check, não se preocupe" - engenheiro era Donald Repo... desapareceu subitamente na sua frente".
Vozes
Esta foi a primeira vez registrada que uma das aparições fala com alguém, mas não a última. Na segunda, um comandante embarcou para pilotar um L-1011 em San Juan, Puerto Rico, e deu de cara com Repo dentro da cabine. Assustado, parou e olhou diretamente para Repo, que teria dito: "Não haverá mais nenhum acidente com L-1011 na Eastern... nós não deixaremos que isto aconteça".
Mas o mais extraordinário aconteceu no N318EA, estacionado em New York num vôo com destino à Cidade do México e Acapulco. Enquanto preparava as refeições, uma comissária viu o rosto de Repo formando-se no vidro de um dos fornos da Galley de porão. Aterrorizada, subiu para a cabine principal e chamou um colega. Decidiram retornar à galley e ao chegar, ambos viram a face de Repo. A aparição disse simplesmente: "Cuidado com fogo neste avião". E sumiu.
O vôo decolou e pousou na Cidade do México sem problemas. Ao dar a partida para a continuação para Acapulco, o motor número três apresentou uma pane séria, obrigando o vôo a ser cancelado. A tripulação técnica foi instruída a trazer a aeronave de volta à base de mautenção de Miami, fazendo o vôo de traslado (sem passageiros) com apenas 2 motores.
No dia seguinte, o N318EA iniciou sua decolagem da Cidade do México com apenas três tripulantes à bordo. Ao chegar na V-R, o motor número 1 explodiu e começou a pegar fogo. O Tristar, voando a apenas 15 metros acima do solo, mal conseguiu evitar os obstáculos e prédios ao final da pista. Minutos depois, tendo ganhado um pouco mais de altitude, a tripulação iniciou o retorno e conseguiu pousar em segurança.
O incidente trouxe ainda mais exposição na mídia ao drama da Eastern. Tripulantes começaram a pedir para serem transferidos de equipamento. Talk-shows na TV começaram a falar insistentemente do assunto. Por outro lado, malucos, curiosos e médiuns faziam reservas para voar nos aviões "assombrados" da Eastern. A empresa declarou que os incidentes eram apenas boatos, desmentindo seus tripulantes. Em carta interna, ameaçava com demissão sumária qualquer nova manifestação ou vazamento de informações para o público ou a imprensa.
Dois fatos provam que algo anormal estava mesmo acontecendo: os livros de bordo das aeronaves N318EA, N308EA e N317EA foram substituídos de um dia para outro, sem maiores explicações. E mais importante, as aparições cessaram por completo no início de 1974, num período de dias.
Causa descoberta
Investigações e documentos comprovam um fato: os três L-1011 citados acima tinham algo em comum. Durante suas revisões de rotina, os três tiveram partes, peças e sistemas trocadas ou substituídas por peças que foram tiradas dos destroços do N310EA. Este é um procedimento usual. Como muitas partes do N310EA foram resgatadas e levadas para um hangar em Miami para os trabalhos de investigação, após a conclusão dos trabalhos, a Eastern recondicionou muitas peças, economizando um bom dinheiro. Todas foram lavadas, recondicionadas, testadas e aprovadas pelos técnicos da empresa.
O primeiro avião a entrar no hangar para um check mais completo foi o N318EA, que portanto recebeu a maioria destas peças tiradas do sinistrado N310EA. Outras aeronaves que também receberam peças foram justamente aquelas em que foram registradas o maior número de aparições: o N308EA e o N317EA. A direção da Eastern percebeu o fato e mandou a diretoria de manutenção retirar todas as peças vindas do N310EA. Foi só assim que Repo e Loft deixaram de aparecer nos Tristar da empresa.
Contato
John G. Fuller, respeitado autor e jornalista americano, é o responsável pela descoberta e revelação ao público de muitos destes fatos. Publicou um livro sobre o assunto, "The Ghost of Flight 401" (1976, Souvenir Press), onde relata todo o drama do acidente e dos fatos que se seguiram.
Relata também o contato feito através de uma médium, Elizabeth Manzione, entre Donald Repo, sua esposa Alice e sua filha Donna.
Fuller conheceu no curso das investigações esta médium, que afirmava estar recebendo mensagens de Repo. Uma sessão mediúnica foi marcada. Fuller anotou todas as mensagens recebidas por meio de uma Tábua Ouidja. Entre estas: "Donna, seja uma boa menina... eu te amo muito." "Sassy, te amo... lágrimas não ajudam... e uma mensagem que aparentemente não fazia sentido: "os ratos já saíram do sótão?"
Impressionado, Fuller contatou a família de Repo e marcaram um jantar em Miami. Cuidadosamente, Fuller foi contando das suas descobertas, até que tomou coragem e relatou as frases anotadas na sessão. Alice, até então cética, explodiu em lágrimas: "Sassy foi um apelido que Don inventou para mim em nossa lua-de-mel e nunca mais usou... e os ratos no sótão aqui de casa... só ele e eu sabíamos.
Todos se emocionaram. Foi quando Alice contou um fato até então escondido por ela. Meses antes do acidente, um telefonema foi dado para a casa dos Repo. Alice atendeu e uma voz masculina disse simplesmente: seu marido Donald morreu num desastre aéreo. Irritada, Alice desligou e virando-se para Donald, que tomava tranquilamente café ao seu lado, relatou a conversa. Repo fez pouco caso: "É um trote estúpido e cruel, Alice. Não ligue para isso."
Meses depois, Alice atendeu outro telefonema. Do outro lado da linha, uma voz extremamente grave. Era um homem dizendo trabalhar na coordenação de vôos da Eastern. Queria falar com Repo, que estava nesse dia de folga em casa. Donald atendeu e depois de alguns minutos disse à Alice: querida, fui chamado para uma substituição. É um vôo ida e volta para New York. Estarei em casa por volta da meia-noite.
Donald saiu para o aeroporto. Uma hora depois e ainda pensando no assunto, Alice tomou um choque: reconheceu a voz grave que meses antes tinha passado o trote. Era a mesmíssima voz que chamara seu marido horas atrás para assumir o vôo. Desesperada, Alice ligou para a empresa, mas o Tristar já havia partido com Donald, no vôo Eastern 401.
Dias após os funerais, Alice foi até a empresa, tentando descobrir a identidade do funcionário de voz estranha que convocou Donald para o fatídico vôo. Foi recebida pelo chefe do departamento de escala, que coordena quais tripulantes farão quais vôos.
O homem calmamente levou-a até uma sala reservada, e com tranquilidade, revelou que ninguém em seu departamento - e até onde ele soubesse, em toda a empresa - havia convocado Donald Repo naquele dia para trabalhar no vôo 401. "Foi uma surpresa aqui no departamento quando ele se apresentou. Já estávamos tentando chamar outros tripulantes em "stand-by" quando Repo apareceu. Foi muito bom para nós naquele dia, mas uma trágica coincidência para Donald. Sinto muito, Sra. Repo.
sábado, 30 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
AEROPORTOS PERIGOSOS
Conheça alguns aeroportos onde cada pouso ou decolagem significa uma carga extra de adrenalina e muitos batimentos cardíacos a mais.
Estão listados 17 aeroportos porem muitos outros locais de operação critica como a pista 02 do aeroporto Santos Dumont no Rio e La Paz na Bolívia não são citados, também fala da Canarse aproach do aeroporto JFK em Nova York, cuja aproximação e feita em curva num arco de mais ou menos 120 graus sobre a cidade e seguindo as luzes de aproximação, a pista somente é avistada na final curta, portanto o vídeo mostrado na reportagem não é da Canarse aproach apesar de ser de um pouso em JFK.
Clique aqui para acessar o link
Colaboração Marcel Mendes
sábado, 16 de janeiro de 2010
VASP , Da Gloria a Sucata
Fundada em 1932 A Vasp que a partir de 1935 foi estatizada pelo governo do estado de São Paulo, até a década de 1990 era reconhecida pela sua competência nas áreas técnicas e do grupo de vôo.
Nos anos 90 quando foi privatizada com a direção sendo assumida por pessoas leigas na área houve uma grande expansão da malha feita sem estudo de viabilidade, aliados a isto, na época muitos profissionais de larga experiência foram demitidos ou aposentados.
O resultado foi o colapso financeiro e técnico, a conseqüência foi que em 2004 cerca oito aeronaves foram proibidas de operar por problemas de manutenção, com a frota sucateada por falta de peças e dividas com fornecedores e funcionários em janeiro de 2005 o DAC cassou a autorização de vôo da empresa.
O caso esta nos tribunais enquanto isso toda frota e ativos viram sucata.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
A NOVELA DOS CAÇAS DA FAB
05/01/2010 - 03h41
FAB prefere caça sueco a francês
da Folha Online
O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que a Aeronáutica entregou ao ministro Nelson Jobim (Defesa) sobre o projeto de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira. O Gripen NG, da sueca Saab, foi o mais bem avaliado, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ficou em segundo.
A informação exclusiva consta em reportagem da colunista Eliane Cantanhêde, da Folha, cuja íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL.
O resultado tende a gerar constrangimentos no governo e mais atrasos para a decisão sobre o projeto ao contrapor a avaliação técnica da Aeronáutica à preferência política do presidente Lula e da área diplomática pelos franceses. A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em nota oficial, em setembro; o governo recuou após repercussão negativa na FAB e entre concorrentes.
O Planalto pode ignorar o relatório e ficar com o Rafale ou desagradar à França e optar pelo Gripen NG. Formalmente, Lula pode escolher qualquer um dos três.
De acordo com a reportagem, o "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três concorrentes finais.
FAB prefere caça sueco a francês
da Folha Online
O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que a Aeronáutica entregou ao ministro Nelson Jobim (Defesa) sobre o projeto de compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira. O Gripen NG, da sueca Saab, foi o mais bem avaliado, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, ficou em segundo.
A informação exclusiva consta em reportagem da colunista Eliane Cantanhêde, da Folha, cuja íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL.
O resultado tende a gerar constrangimentos no governo e mais atrasos para a decisão sobre o projeto ao contrapor a avaliação técnica da Aeronáutica à preferência política do presidente Lula e da área diplomática pelos franceses. A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em nota oficial, em setembro; o governo recuou após repercussão negativa na FAB e entre concorrentes.
O Planalto pode ignorar o relatório e ficar com o Rafale ou desagradar à França e optar pelo Gripen NG. Formalmente, Lula pode escolher qualquer um dos três.
De acordo com a reportagem, o "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três concorrentes finais.
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O relatório técnico elaborado por oficiais da FAB com cerca de 30000 paginas mostra que dos três o avião sueco GRIPEN e o mais adequado na relação custo beneficio e tecnologia também fica claro que o Frances RAFALE alem de ser extremamente caro não é adequado e bem visto por quem entende do assunto, certamente os problemas de peças de reposição e manutenção enfrentados pela frota de Mirages pesaram na escolha.
Por outro lado devemos pensar numa frase muito usada pelos americanos “superioridade aérea”, vejamos, o avião Sueco é um monomotor, por este motivo tem alcance limitado e sendo um caça leve não consegue lavar muitos armamentos. O F18 Hornet neste ponto leva uma grande vantagem, pois é bimotor com isto carrega muito mais armamentos e partindo de Brasília pode atingir toda America do Sul com exceção da patagônia. Somos um pais pacifico, entretanto não podemos a ter apenas arma de defesa, necessitamos impor respeito, e isto implica em superioridade aérea, por estes motivos mesmo o “pacote dos Suecos ser mais bem elaborado” devemos avaliar que o avião americano vem de uma família que começou com o F4, tem mostrado ser muito robusto e já esta na terceira geração enquanto o outro esta em fase de testes.
Para problemas de combate de trafico de drogas e contrabando temos o Super Tucano e o AMX que dão conta do recado e são muito econômicos, reservando os supersônicos para problemas mais complexos.
O relatório técnico elaborado por oficiais da FAB com cerca de 30000 paginas mostra que dos três o avião sueco GRIPEN e o mais adequado na relação custo beneficio e tecnologia também fica claro que o Frances RAFALE alem de ser extremamente caro não é adequado e bem visto por quem entende do assunto, certamente os problemas de peças de reposição e manutenção enfrentados pela frota de Mirages pesaram na escolha.
Por outro lado devemos pensar numa frase muito usada pelos americanos “superioridade aérea”, vejamos, o avião Sueco é um monomotor, por este motivo tem alcance limitado e sendo um caça leve não consegue lavar muitos armamentos. O F18 Hornet neste ponto leva uma grande vantagem, pois é bimotor com isto carrega muito mais armamentos e partindo de Brasília pode atingir toda America do Sul com exceção da patagônia. Somos um pais pacifico, entretanto não podemos a ter apenas arma de defesa, necessitamos impor respeito, e isto implica em superioridade aérea, por estes motivos mesmo o “pacote dos Suecos ser mais bem elaborado” devemos avaliar que o avião americano vem de uma família que começou com o F4, tem mostrado ser muito robusto e já esta na terceira geração enquanto o outro esta em fase de testes.
Para problemas de combate de trafico de drogas e contrabando temos o Super Tucano e o AMX que dão conta do recado e são muito econômicos, reservando os supersônicos para problemas mais complexos.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
OS RISCOS DE POUSOS SOB CHUVA FORTE
Atualmente quase todas aeronaves de médio e grande porte são equipadas com anti-skid (ABS) e sistemas eletrônicos avançados de auxilio as operações de pousos e decolagens.
Mesmo assim é preocupante a quantidade de pousos longos, isto é, acaba a pista antes de o avião estar em velocidade segura para taxiar para a rampa, geralmente estes acidentes ocorrem em operações sob chuva pesada (heavy rain) ou em pistas contaminadas.
Sem duvida os sistemas automatizados de auxilio as operações criticas que são pousos e decolagens geram muita confiança nos pilotos levando-os a não avaliar corretamente as reais condições da rota de aproximação e da pista.
Nestes casos a correta e rápida informação da torre e do controle de aproximação é de vital importância para um pouso seguro. Por outro lado os pilotos devem sempre estar cientes que todos sistemas do avião e do aeródromo são meros auxiliares de pouso, a decisão final é sempre de responsabilidade dos comandantes.
Tambem cabe as empresas uma parcela de responsabilidade pelas referidas operaçoes o que pode ser feito através de treinamentos adequados e respeito a capacidade técnica dos pilotos, isto é, apoiar as decisões destes mesmo que implique em alternar para outro aeroporto ou fazer espera em órbita, pois normalmente chuva pesada é de pouca duração.
É bom lembrar que a aquaplanagem esta associada a quantidade de água na pista e a velocidade e que o sistema anti-skid apenas impede o travamento das rodas e descontrole direcional, portanto em pistas contaminadas mesmo com o sistema referido atuando aumenta consideravelmente a distancia de pouso. Este acidente com o Boeing da American Airlines dia 23 dez na Jamaica foi causado por pouso com chuva pesada, felizmente sem vitimas fatais.
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