sábado, 21 de fevereiro de 2009
Tiro no Pé
A solução para transporte aéreo no Brasil passa pela criação de uma agencia reguladora civil, com representação igualitária da sociedade, governo e empresas com a função de normatizaçao e impedir o dumping praticado em algumas rotas com claro objetivo de minar a concorrência, a propaganda enganosa oferecendo assentos a preço de banana sem especificar a quantidade que geralmente é mínima, e muitas outras artimanhas que na verdade é um tiro no próprio pé, pois infelizmente as ferramentas necessárias para voar são muito caras e parafraseando um famoso economista que diz “there no free lunch” (não existe almoço grátis) eu diria que não é possível voar a preço de banana, e se o fizer alguém terá que pagar a diferença.
Mudança ou continuidade
A aviação mundial vem sofrendo muitas mudanças ao longo das ultimas décadas, dentre as quais podemos destacar a economia de combustível propiciada pelos modernos reatores e a considerável redução das tarifas propiciada pela desregulamentação e empresas low fare, porem em outros aspectos a impressão é que estamos andando para traz, haja visto os problemas operacionais gerenciais e de manutenção das transportadoras atuais que dificultam a vida dos passageiros.
O objetivo deste Blog é mostrar coisas interessantes especialmente sobre Aviação e que apesar de estarmos no século vinte e um, os erros e problemas que levaram as empresas do passado para o buraco continuam presentes nos dias atuais.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Quero Voar No passado
Quero voar no passado
Por Adilar André Cossa
Quero ouvir o ronco do DC3, o zunido do AVRO, o assovio do YS11
O delicioso barulho das hélices do ELECTRA, o gemido desesperado dos motores do CARAVELLE e BOEING 707 durante a decolagem,
O silencio do BOEING 727 em vôo de cruzeiro, e o escândalo dos reversores do 737 brega.
Quero voar nos charmosos CONSTELATION da Real Aerovias, nos elegantes DC8 da Panair, nos aviões azuis da Cruzeiro do Sul, nos multicoloridos da Transbrasil, nos pontuais da Vasp e na Varig, a estrela brasileira nos céus do mundo.
Quero pousar nos aeroportos de Santos Dumont e Congonhas com chuva e sem anti-skid, quero decolar do Galeão lotado de passageiros e combustível, quero furar o nevoeiro do Salgado Filho, passar lambendo as águas do rio amazonas e pousar naquela pista no meio da selva, quero sentir o calor dos aeroportos do nordeste e o frio de
Anchorage
Quero voar baixo no DC3 para observar as paisagens, quero apreciar as belezas do Rio e a selva de pedra São Paulo nas asas do ELECTRA e do Boko Moko, quero ver as cidades se tornarem pequenos pontos a bordo do BOEING 707 e DC10, quero ver as nuvens passando pelas janelas do CARAVELLE e BOEING 727, quero ver a poeira durante o pouso do Boeing 737 nos aeroportos do interior.
Quero ver o comandante e o co-piloto pilotando e não apenas apertando botões , o engenheiro de vôo calculando, as solicitas e simpaticas comissárias, os eficientes funcionários de terra, quero visitar a cabine de comando, observar tripulantes acalmando passageiros nervosos.
Quero comida quente, aperitivos, cerveja e vinho quero mimos para lembrar do prazer de voar, quero um banquete no jantar, ser acordado com um delicioso café da manhã e bombons para presentear.
Quero chegar
Quero chegar no aeroporto vestido com elegância, ser atendido com cortesia, ver os vôos lotados e o despachante puxar de baixo da balcão aqueles cartões de embarque que não deixarão ninguém no chão.
Quero ter apenas tempo de tomar um cafezinho antes do embarque, também quero poltronas confortáveis e espaçosas, vôos pontuais, e guarda chuva se necessário.
Quero caminhar na pista, observar os mecânicos cuidando de aeronave, a comida sendo embarcada, o cheiro de querosene durante o abastecimento, o barulho da usinas, e no topo da escada abanar para os amigos.
Quero agradecer a Santos Dumont pela magnífica invenção, e lhe dizer que no seu pais a aviação é voltada para o bem. Também quero lembrar de todas as pessoas que ajudam e ajudaram transformar a magia de voar em realidade.
Texto autoria de Adilar André Cossa
Em 23 outubro de 2007