sábado, 24 de novembro de 2012

O fim da WEBJET, Cortezia da GOL






MARINA GAZZONI - O Estado de S.Paulo
A Gol anunciou ontem o fim da companhia aérea Webjet, adquirida em julho do ano passado, e a demissão de 850 dos 1.500 funcionários da empresa. Os voos da companhia foram interrompidos na noite de quarta e os passageiros serão atendidos pela Gol.
"Essa medida está sendo tomada em função da devolução da frota. São aviões inviáveis economicamente nos atuais patamares de custo de combustível e de câmbio", disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.
A frota da Webjet, formada por 20 aviões Boeing 737-300, já está inoperante e será devolvida às empresas de leasing até o fim do primeiro trimestre de 2013. As aeronaves são mais antigas que as usadas nos voos da Gol e consomem cerca de 30% mais combustível.
A Gol continuará a operar todos os destinos atendidos pela Webjet e pretende aproveitar os passageiros da empresa para lotar seus aviões. "Hoje, operamos com um média de 65% a 70% de ocupação nos voos da Gol. Temos espaço para absorver os clientes da Webjet na nossa estrutura", disse Kakinoff.
A decisão de acabar com a Webjet foi anunciada cerca de um mês após a aprovação da fusão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até ontem, a Gol fazia mistério sobre o que faria com a marca. Em entrevista ao Estado em janeiro, o fundador da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, disse que a Webjet poderia ser uma linha "ultra low cost".
O fim da empresa irritou o Sindicato Nacional do Aeronautas (SNA), que representa pilotos e comissários, categoria que concentrou 543 dos postos cortados. "Até quarta-feira, o discurso da empresa era de que faria demissões pontuais e só em último caso, como foi feito quando a Gol comprou a Varig", disse o presidente do SNA, Gelson Fochesato. "Esperávamos uma fusão, e não o fim da empresa."
O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) vai investigar o caso. O procurador do Trabalho Carlos Augusto Sampaio Solar afirmou ter encontrado indícios de ilegalidade nas demissões, que ele considera "abruptas".
Outros 450 funcionários, principalmente profissionais que trabalham nos aeroportos, foram absorvidos pela Gol. Os demais estão em processo de aposentadoria ou em licença.
Aquisição. A Gol pagou apenas R$ 43 milhões para comprar a Webjet, uma companhia fundada em 2005 pelo empresário Guilherme Paulus e dona de 5,5% do mercado doméstico brasileiro.
"O que valia eram os espaços da Webjet em aeroportos concorridos, como o Santos Dumont", disse o consultor em aviação Nelson Riet.
No mercado aéreo, também se falava que outra motivação da Gol para comprar a Webjet seria eliminar um concorrente com rotas parecidas às suas e que puxava os preços para baixo.
 
 Comentário por : Nivaldo M Barbosa
Registro aqui lembranças dessa Empresa onde participei de sua formação nos anos 2005/2006. Tive o prazer de trabalhar junto aos meus colegas profissionais Comandantes, Copilotos e Comissários. Grupo esse de relevantes valores profissionais e formação impecável.
Por fim, vejo esse final triste, como reultado de um governo desastroso, num pais sem regras, sem valores, sem responsabilidades, sem respeito ao trabalhador, ao ser humano. Só me resta definir tudo isso como o CAOS em nosso meio, na esfera dos profissionais da aviação como um todo.
Ninguém faz nada, ninguém tem nenhuma reação mais contundente, apenas se conforma com os picaretas emergentes e bem sucedidos.
Até quando ficaremos a assistir tudo em plena harmonia? (fica a pergunta)
Comentário ByAAC
O ultimo parágrafo  do texto do Estadão mostra a verdadeira razão para o fim da Webjet: eliminar comcorencia  para aumentar os preços e o consumidor ter que engolir.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pássaros x Aviões: perigo latente



A presença de aves nas imediações de aeroportos é motivo de preocupação em todo mundo, pois  colisões causam danos e podem provocar acidentes cujo exemplo mais dramático foi o pouso no rio Hudson de um Airbus devido ingestão de pássaros pelas turbinas. No Brasil temos centenas de incidentes anualmente, o gráfico mostra as espécies que são mais atingidas




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Viracopos fechado por avião cargueiro acidentado na pista






O aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, continua fechado na noite deste domingo e ainda não há previsão para ser liberado. Os pousos e decolagens estão suspensos desde as 19h55 de sábado, quando um cargueiro apresentou problemas durante o pouso e ficou parado na pista.
A empresa responsável pela aeronave que causou a interdição do aeroporto é a americana Centurion Cargo. Segundo a Infraero, a previsão era de que a pista fosse liberada às 20h deste domingo, mas a Centuriun ainda não conseguiu realizar a remoção da aeronave e não tem previsão de quando isso será possível. De acordo com o diretor-geral da Centurion, Vanderlei Morelli, o cargueiro MD11, que vinha de Miami, teve problemas no trem de pouso. Ninguém ficou ferido no incidente.
Até às 20h deste domingo, 97 voos deveriam ter partido de Viracopos e 93 deles (97,9%) foram cancelados. A companhia aérea Azul é a maior prejudicada, já que é a empresa de aviação civil que mais utiliza o aeroporto. A Azul informou que, em razão do fechamento de Viracopos, cancelou 148 voos previstos neste domingo.
 Fonte: Terra 14-10-12

Comentário Byaac


Isto é um absurdo, pista extremamente importante fechada por vários dias por que a estatal Infraero não tem equipamento e competência para remover a aeronave.  a Varig tinha uma equipe especializada que fazia este tipo de remoção  em pouco tempo, e hora de convocar o Lula o Zé Dirceu os petralhas e um pai de santo para invocar o espírito o Jose Alencar para  no muque fazerem o serviço.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Justiça dá ganho a aposentados do Aerus


07/2012 - 09h13
Folha de São Paulo
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA
A Justiça Federal de Brasília decidiu que a União tem de indenizar o pagamento de contribuições não pagas a cerca de 10 mil aposentados e pensionistas que participam do Aerus, fundo de pensão de companhias aéreas como Varig e Transbrasil.
Eles terão de ser indenizados pelas contribuições que as empresas deixaram de recolher ao fundo; pelas descontadas dos empregados e não repassadas e pelas referentes à chamada terceira fonte de arrecadação. Essa fonte garantiu o repasse de 3% das passagens domésticas vendidas entre 1982, quando nasceu o Aerus, até 1991, quando foi extinta.
A sentença foi dada pelo juiz Jamil Rosa de Jesus Oliveira, da 14ª Vara Federal de Brasília, e atende parte dos pedidos feitos em ação civil pública movida desde 2003 pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e por outras duas entidades.
A AGU (Advocacia-Geral da União) deve recorrer.
VALOR
O valor das indenizações será calculado por peritos no momento da execução da sentença.
"Cabia à União fiscalizar as atividades das entidades fechadas e ter atuação proativa no sentido de que tais atividades se pusessem em ordem a alcançar os objetivos da entidade de previdência privada", afirma o juiz.
"A União se omitiu no seu poder e no dever de fiscalizar o fundo", afirma Graziella Baggio, diretora do sindicato.
"São anos de ilegalidades e irregularidades. Somente entre 1987 e 2003 foram quase 30 repactuações de dívidas, com aval da União, sem que pagassem o que deviam ao fundo. Foram 21 com a Varig e 8 com a Transbrasil."
As reduções nos planos dos aposentados e pensionistas chegam a 92%. Em média, cada um contribuiu com 10% do salário nominal por mês.
O sindicato vai recorrer dos pontos que foram julgados improcedentes na sentença.
"A ação pede que sejam avaliadas desde apropriações indébitas feitas por Varig e Transbrasil, ao recolherem dos participantes e não repassarem ao Aerus, até a saída de companhias do fundo sem pagar o que deviam", diz. "Cada vez que o fundo entrava em colapso, não pagavam o que deviam e recorriam à SPC (antiga Secretaria de Previdência Complementar) para renegociar as dívidas."



EXTINÇÃO
Um dos principais pontos questionados na ação civil pública é a extinção da terceira fonte de arrecadação. Deveria ocorrer por 30 anos, a partir da criação do Aerus, mas foi extinta por interferência do DAC (Departamento de Aviação Civil) em 1991.
"Apesar de ser um dos pilares do Aerus, a fonte foi extinta sem que se calculasse qual seria o impacto", diz a advogada Carolina Maia, que cuida da ação do SNA.
Em 2006, o sindicato obteve no Tribunal Regional Federal da 1ª Região uma antecipação de tutela (liminar) garantindo que a União assumisse a folha de pagamento dos benefícios do Aerus.
A União recorreu. Mas o STF entendeu que a antecipação de tutela deveria ser cumprida, caso a Justiça em primeiro grau reconhecesse a responsabilidade da União.
"Foi o que ocorreu agora. Assim a União, além de pagar as indenizações, deve assumir, imediatamente, a folha do Aerus, enquanto tramitar o processo. Quando não couber mais recurso e
o processo for encerrado, deve-se apurar os valores de indenização para os participantes", diz Lauro Thaddeu Gomes, também advogado da ação.


sábado, 14 de julho de 2012

AERUS a primeira (GRANDE) vitória

 

AERUS: Sentença confirma a responsabilidade da União

Postado por Maia sob Uncategorized
Amigos:
Acabou de sair, finalmente, a sentença da ação civil pública ajuizada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas buscando responsabilizar a União pela situação dramática do fundo Aerus.
Pois bem. A sentença foi parcialmente procedente. Os pontos que foram julgados mprocedentes serão objeto de recurso de nossa parte. Entretanto, o digno Juízo da 14ª Vara Federal reconheceu, conforme nosso pedido, a responsabilidade da União, na forma da sentença que abaixo se transcreve:
“140. – Os atos omissivos e danosos da União, pela antiga SPC, ocorreram desde o vencimento das primeiras contribuições não recolhidas e a partir da adesão de cada patrocinadora VARIG e TRANSBRASIL, até as respectivas liquidações dos seus Planos de Benefícios pela antiga SPC.
141. – E o não recolhimento das contribuições, para o qual concorreu decisivamente a omissão da União, causou prejuízo aos participantes, e aos dependentes, que não puderam perceber os benefícios complementares, ou de receber a parcela que lhes coubesse na distribuição dos ativos dos Planos, conforme cláusula IX do Regulamento do Plano de Benefícios (…).
142. – Portanto, a reparação dos danos consistirá em montante individual e nos estritos limites das contribuições que deveriam ser vertidas e não o foram pelas referidas companhias, tanto da parcela da patrocinadora quanto da parcela dos participantes, inclusive a chamada Terceira Fonte até sua extinção, devidamente corrigida e adicionada de juros, nos termos da lei civil, conforme se apurar em liquidação de sentença por arbitramento.”

Na parte dispositiva, em que o Juízo determina as providências concretas, assim ficou estabelecido:
“Em face do exposto,
(…)
f) julgo procedente o pedido de condenação da União a indenizar os participantes e os dependentes titulares de benefícios dos Planos de Benefícios da VARIG e da TRANSBRASIL, por omissão no poder-dever de fiscalização e proteção dos participantes dos planos de previdência complementar (art. 3º, item I, da Lei nº 6.435, de 1977, c/c art. 3º, itens V e VI, da Lei Complementar nº 109, de 2001). Indenização que consistirá em montantes individuais, apurados nos termos declinados no tópico próprio (itens 140 a 142) desta sentença.”

A identificação da responsabilidade da União fez com que o Juiz determinasse o imediato cumprimento da decisão de antecipação de tutela, uma vez que satisfeita a condição imposta pelo STF na SL 127. Ou seja, a União deve imediatamente assumir o pagamento da folha mensal do AERUS, de acordo com o seguinte trecho da sentença:“Determino o imediato cumprimento pela União da decisão proferida no Agravo de Instrumento nº 2006.01.00.016434-4, pois realizada a condição imposta pelo Supremo Tribunal na Suspensão de Liminar nº 127.Portanto, amigos, até aqui tínhamos tão somente a esperança em uma decisão do judiciário. Agora temos uma decisão concreta, que diante das provas existentes reconheceu a responsabilidade da União.
Devemos essa vitória a todos aeronautas, especialmente à Sra. Graziella Baggio, ao Sr. Celso Clafke e principalmente ao nosso saudoso Dr. Luís Antônio Castagna Maia, o patrono dos aeronautas. Sempre.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lanchonete de aeroporto em Curitiba vende café a R$ 1 e salgado a R$ 3





ESTELITA HASS CARAZZAI-Folha de São Paulo
DE CURITIBA
A primeira "lanchonete popular" de um aeroporto no país foi inaugurada ontem no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba).
Com preços tabelados pela Infraero, a Rapid In Lanches, do grupo paulista Markplan, oferece pão de queijo a R$ 1,90, cafezinho a R$ 1 e salgados a R$ 3.
A iniciativa deve ser estendida a outros 12 aeroportos até o fim do ano.
Os valores, fixados na licitação (para cinco anos de contrato), não são tão modestos perto do que é praticado no centro de Curitiba, mas ficam bem abaixo do cobrado por outras lanchonetes do aeroporto, onde um café expresso custa até R$ 6.
"É um absurdo. Você compra uma água e um pão de queijo e gasta R$ 10", disse o engenheiro Sérgio Ferrari, 62, que ontem acompanhava o filho no aeroporto.
Ferrari e a família compraram pão de queijo, um suco de caixinha (R$ 2,70) e um café médio (R$ 3,50). Gostaram.
A iniciativa, diz a Infraero, foi a "única forma" encontrada para forçar outros concessionários a baixar os preços.
"Não temos poder de polícia para obrigá-los a isso. O máximo que fazíamos era enviar reclamações a órgãos de defesa. Mas nunca houve punição", disse Edgar Gonzalez, gerente comercial da Infraero na região sul.
A nova lanchonete não tem subsídio para cobrar menos, segundo a Infraero.
O valor que foi oferecido pelo aluguel do ponto, aliás, é 112% maior do que o mínimo exigido na licitação.
São R$ 34 mil por mês --valor semelhante ao pago pelos demais concessionários do aeroporto Afonso Pena.

Comentário ByAAC
Finalmente uma medida contra os preços absurdos  praticados  por restaurantes e lanchonetes  e outros estabelecimentos comerciais nos aeroportos nacionais.
Esperamos que funcione, também forçando outros estabelecimentos a reduzirem seus preços.  


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sete Boeings da Varig vão a leilão hoje por R$ 30 mil cada um


 

Do UOL, em São Paulo
Sete Boeings da antiga Varig S.A. serão leiloados a partir das 11h desta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro. São quatro Boeings 737-200 e três 727-100. O preço mínimo de cada um está avaliado em R$ 30 mil.

Cinco deles estão estacionados no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e outros dois estão no Salgado Filho, em Porto Alegre (RS).

No Galeão, estão no pátio da TAP M&E Brasil, causando transtornos às atividades da empresa. Um dos modelos737-200 será leiloado inteiro para preservar a memória da empresa. Os outros vão ser vendidos como sucata.

Todos os aviões já têm laudo de perecimento da Agência Nacional de Avião Civil (ANAC), o que impede até mesmo o reaproveitamento das peças........**

Comentário:ByAAc
Aos poucos a memória e os bens remanescentes da maior e melhor empresa de aviação do hemisfério sul vão sendo descartados como lixo.
Um destes Boeings 727 também deveria se preservado, pois nos anos setenta e oitenta   fazia as rotas nobres de passageiros, posteriormente como cargueiro também fazia transporte para o correio e casa da moeda, isto significa que TODOS os cidadãos do pais tem ou tiveram algo que foi transportado pelos Boeings 727 da Varig.


terça-feira, 26 de junho de 2012


Em crise, Gol reduz até água do banheiro e tamanho do bilhete para economizar

Após prejuízo de R$ 751 milhões em 2011, empresa adere a "economia da azeitona"

Pedro Carvalho - iG São Paulo | 26/06/2012 05:55:30 - Atualizada às 26/06/2012 09:45:11


Uma azeitona a menos na salada, 40 mil dólares a menos na folha de despesas. A história da economia feita pela American Airlines no final dos anos 1980 é tão famosa que ganhou ares de lenda urbana corporativa. Pois a Gol, após amargar prejuízo de R$ 751 milhões em 2011, anda em busca de suas "azeitonas". Além das medidas mais visíveis – como demissões, cortes de lanches gratuitos e eliminação de voos deficitários – para economizar, a empresa faz ajustes até no tamanho do papel usado para imprimir passagens e na quantidade de água no banheiro dos aviões.
"Não tem mais conta de um milhão para cortar, estamos procurando conta de trinta mil", diz diretor
"Quando calculado em escala, levando em conta que a companhia faz 300 mil voos anuais, o impacto dos pequenos ajustes é absurdo", afirma Pedro Scorza, diretor de controle de operações da Gol. "A 'força bruta' já está cuidada, não tem mais conta de um milhão para cortar. Estamos procurando conta de trinta mil", diz – embora o mercado preveja mais demissões neste ano. "Sempre acabamos achando um 'cem milzinho' para economizar em algum lugar", afirma.
Só para reduzir o consumo de combustível, a empresa definiu 19 iniciativas. Quatro delas já são aplicadas, as outras estão em teste. São coisas como manter a superfície do avião "obsessivamente limpa" – palavras de Scorza – para diminuir o atrito com o ar, calcular com mais precisão o peso de querosene que precisa ser levado em cada trecho, substituir o sistema que alimenta a parte elétrica dos aviões em solo por outro, mais econômico.
No fim, tudo isso mudou uma azeitona – na verdade, um segundo – na queima de combustível. Até o ano passado, um barril de 200 litros de querosene da Gol durava, em média, três minutos e quarenta e cinco segundos. Agora, dura um segundo a mais. A diferença só parece pequena. Os 120 aviões da companhia voam 12 horas em cada jornada. Numa conta rápida, a empresa economizou mais de 20 mil litros de querosene por dia. O cálculo exato, mostrando quantos reais a menos isso representa, deve aparecer no balanço do segundo trimestre, que a empresa divulgará em breve. 
Nem a água do banheiro escapou. Até essa "intimidade" das aeronaves agora faz parte das iniciativas para reduzir o peso dos voos – e, consequentemente, o consumo de combustível. Os aviões da Gol têm dois reservatórios de água para atender os lavatórios, cada um com capacidade de 80 litros. Antes, eles voavam sempre cheios. "Mas, em alguns trechos curtos, como a ponte aérea Rio-São Paulo, isso significava peso extra desnecessário", diz Scorza.
O diretor afirma que cada 100 quilos de peso eliminado significam 3,8 quilos a menos de combustível queimados por hora de voo. E combustível, diga-se, é a principal despesa das companhias aéreas – cerca de 40% dos gastos. "A variável mais relevante é o combustível. Qualquer economia que impacte essa área pode ter resultado significativo", diz Cláudia Oshiro, economista que acompanha o setor aéreo na consultoria Tendências. Mas os ajustes também miram outros departamentos.
O passageiro mais atento vai reparar, por exemplo, que o tíquete de passagem ficou menor. "Antes, ele era impresso num papel enorme. Mudamos a diagramação, encurtamos o código de barras e agora a passagem está menor. Para economizar bobinas de papel, mesmo", explica Felipe Sommer, diretor de operações aeroportuárias da companhia. "É mais uma 'azeitona', que só faz sentido quando vista na perspectiva da escala", completa Scorza. 
Check-in da Gol, no aeroporto de Congonhas: bilhete menor para economizar bobinas de papel
A tripulação que trabalha em voos do final do dia também passou a ser escolhida de olho no balanço financeiro. Quando um avião "dorme" no Rio de Janeiro ou em Porto Alegre, a Gol dá preferência para escalar tripulantes que morem nessas cidades. Assim, eles ficam em casa, não em hotéis. "A economia com hotelaria e alimentação será na casa dos R$ 10,5 milhões neste ano", diz Scorza. Para comparação, apenas com juros sobre empréstimos e financiamentos, a Gol gastou quase 40 vezes esse valor no ano passado.
A rotina dos tripulantes acaba afetada de diferentes formas pelas mudanças. Segundo um passageiro recente conta ao iG, um comissário que viajava "de carona" na poltrona ao lado, no trecho São Paulo-Brasília, teve de pagar – assim como os passageiros comuns – pelo lanchinho que pediu.
"Em 2011, as principais companhias aéreas fizeram uma guerra tarifária agressiva, enquanto o preço do combustível subiu bastante. Isso fez muitas terem problemas de balanço", diz Ohara, para explicar alguns fatores que agora levam a Gol a economizar cada centavo. "Mas as tarifas também atraíram um novo público, que antes viajava mais de ônibus. Para esse público, acredito que os pequenos ajustes não signifiquem um prejuízo na imagem da companhia", avalia a economista.
Segundo um diretor da empresa, o balanço do segundo trimestre ainda deve registrar prejuízo. Mas a expectativa é que o seguinte, do terceiro trimestre, possa vir no azul. Isso porque, além de diversas economias terem sido feitas, as férias de julho tornam essa época boa para o setor. Se isso acontecer, será o primeiro trimestre superavitário desde o início de 2011 para a companhia. A comemoração, nesses tempos de prudência, bem poderia ser brindada em copinhos de plástico

Comentário:
O Titulo desta reportagem poderia ser: “ GOL, FAZENDO GOL CONTRA” .
Melhorias e racionalização de custos é saudável para qualquer empresa, porem tratar o cliente como se fosse culpado dos erros de estratégia será extremamente benéfico para concorrência.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Cliente da TAM leva R$ 52 mil


  • 12 de junho de 2012 |
Categoria: Assunto do dia
JOSÉ GABRIEL NAVARRO-JT
Bagagem extraviada rende indenização de R$ 52 mil. Essa é a decisão da 14ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo em favor da operadora de telemarketing Gislene de Fátima Machado Pires de Almeida, em processo contra a TAM Linhas Aéreas. A empresa foi condenada pela a pagar R$ 40 mil de indenização por danos materiais e mais R$ 12 mil por danos morais.
Toda a bagagem da passageira, que havia trabalhado durante dois anos na Europa, desapareceu quando ela chegou ao Brasil, em um voo da TAM. Em primeira instância, um juiz de São José dos Campos (SP) determinou que a indenização fosse de R$ 20 mil, considerando que Gislene não poderia ter gasto R$ 40 mil em compras fora do país, por causa da profissão dela. A cliente recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (T-SP) apresentando notas fiscais do que havia adquirido.
“Isso fez diferença. O cliente tem de guardar notas fiscais e faturas do que foi comprado e solicitar à companhia aérea que seja feito um inventário do conteúdo das malas antes de despachá-las. Também deve, ao notar o extravio, comunicar imediatamente à empresa, com a fita que indica a origem e o peso da bagagem”, diz o advogado de Gislene, Luiz Eduardo Pires Martins..
Comentário:
Belo exemplo, é hora das empresas pensarem num controle eficiente no transito de bagagens nos aeroportos, não basta repassar estes serviços para empresas terceirizadas, tem que ter fiscais das transportadoras em todo trajeto da bagagem (esteira\avião\esteira).