sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Aerus até quando teremos que esperar



AERUS, 57 meses sem solução, até quando o governo e o poder judiciário continuarão fugindo das suas responsabilidades. É tempo de mudanças, esta na hora de fazer justiça para estes idosos cujo único erro foi acreditar que depositando uma parcela do seu salário numa instituição normatizada e fiscalizada pelo governo poderiam ter uma aposentadoria justa e segura.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Atrasos e cancelamentos na aviação atual viraram rotina




Aumento do numero de passageiros nos aeroportos nos finais de ano, carnaval, férias e eventos especiais ocorrem desde os anos setenta., o que é recente é a incompetência das atuais empresas de transporte aéreo nacionais em gerenciar satisfatoriamente este aumento de demanda.
.Lembro que na época da ponte aérea com os Electras a cada 10 minutos conseguíamos colocar um avião no ar, muitas vezes uma tripulação fazia seis etapas, na ultima por vezes nos ficávamos em duvida se estávamos voando para o Rio ou São Paulo.
Dava gosto ver as imensas filas serem engolidas pelo quadrimotor e no final da noite quando terminava a nossa jornada passar pelo saguão vazio com todos passageiros deixados no destino em segurança.
Atualmente nos aeroportos reina a desinformação total quando acontece algum problema os passageiros ficam abandonados e com informações desencontradas, quando chegam nos aviões encontram poltronas extremamente apertadas, serviço de bordo inexistente ou ridículo.
Os funcionários e tripulantes trabalham sempre sob pressão, regulamentação , limites de jornada e horas de trabalho são constantemente desrespeitadas, e quando ameaçam uma greve por reposição salarial os patrões recorrem a medidas judiciais e ameaças para impedi-la, é a famosa filosofia deles: Em primeiro lugar o lucro

domingo, 19 de dezembro de 2010

'Swirl tubes' make quiet, efficient jet planes



Image: United States Patent and Trademark Office)

04:02 10 November 2010
Michael Reilly, technology editor

For anyone with even a hint of trepidation about flying, landing is almost always the worst. The ground, once so far away now looms, scary and real. Then there's the noise of the plane, a racket that sets us all on edge as we dangle in the sky, waiting for touchdown.
It's more than just the roar of the engines - flaps, spoilers, even the undercarriage of the plane itself rip up the air, raising a mighty ruckus. They're necessary because a plane needs lots of drag to be able to slow down enough to land without stalling. Fortunately for our frayed nerves, a group of researchers from the Massachusetts Institute of Technology aim to quiet the din by way of their new invention: "swirl tubes" that could be fitted to wingtips.
According to a recently published patent application, a group of inventors led by Zoltan Spakovsky of MIT have been testing their design in wind tunnels on campus and at NASA. They found that swirl tubes were able to generate large amounts of drag without creating much more noise than is found in the average home.
Each tube contains an array of fixed vanes that could be open to let air pass through during flight, then tilted to swirl it into a vortex during landing. Even better, the vanes could be tilted in a slightly different direction while the plane is cruising to siphon power off of natural vortices corkscrewing off the end of the wings, improving fuel efficiency. Another design calls for vanes to be affixed at the back of each engine to create a vortex in the exhaust (below).


Resumo;( Tubos de turbulência)
Estudos mostram que a colocação de tubos nas pontas das asas conforme desenho é um método eficiente de gerar arrasto nas operações de pouso sem provocar trepidação e ruido na aeronave, nos tubos são colocadas alétas reguláveis em função do arrasto necessário, em vôo podem ser ajustadas para cancelar vórtices que normalmente são gerados pelas pontas das asas reduzindo o consumo de combustível O mesmo estudo afirma que se instaladas nas saídas dos motores podem aumentar a eficiência dos mesmos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

75 anos do avião que mudou tudo






Feito sob encomenda para American Airlines, o DC3 realizou o primeiro voo em 17 dez de 1935. com capacidade para 21 passageiros e alcance de mais de 1400 milhas a velocidade de 195 MPH em poucos anos foram produzidas mais de 400 unidades que foram vendidas para diversas empresas.
Com a segunda guerra mundial foi criada a versão militar chamada de C47 sendo produzidos mais de dez mil unidades que após o final do conflito foram vendidas por preço muito baixo possibilitando a criação de inúmeras empresas de transporte aéreo de passageiros e carga em todo mundo.
O DC3 era “ pau para toda obra” de fato qualquer coisa que passasse pela porta podia ser transportada , operava em pistas extremamente precárias, era muito confiável e de manutenção relativamente simples, tanto que ainda hoje é fácil encontrar algum voando por ai.
Ref. Wired
Photos: Basler Turbo Conversions \ KristaLAPrincess/Flickr

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Texto imperdível do antropólogo Roberto da Matta, pai do cmte. Da Matta da Varig



O duopólio e o partido único

10 de novembro de 2010

Roberto da Matta - O Estado de S.Paulo

Estou de novo num aeroporto. Outro dia fui impedido de resgatar milhas, hoje estou numa espera sem justificativa. Impotente, faço como todo brocha: reflito ansioso sobre a situação. Não posso deixar de pensar na Varig e no duopólio. Pois até no monoteísmo, quando só há um Deus, ele é uma Santíssima Trindade e tem uma Virgem Mãe. Tudo a ver com o momento político, já que todo monismo acaba em pluralismo. Finda a eleição que juntou, recomeça o sofrimento do cidadão frente aos velhos problemas que fragmentam. Mas há coerência. Pois se a promessa é governar para os esfaimados, quem anda de avião é um faminto pagante, o que, convenhamos, não deixa de ser uma versão brilhante do socialismo à brasileira. Seguindo o axioma de Marta Suplicy, relaxo e gozo quando, em pleno voo, e tangido pela fome dos pobres de Deus, devoro barrinhas de cereal e nano sanduíches de "fudele" de peru com creme de barbear.
Num país onde somente agora, em pleno século 21, tenta excluir bandidos dos cargos eleitorais, que começa a ficar incomodado com o fato dos poderosos não terem que seguir a lei e a desconfiar que reclamar é um direito e não falta de educação, admito que há progresso. Comporto-me, pois, como o anticidadão que sempre fui. Escrevo e, no silêncio que mata, entendo qual é o meu lugar!
No Brasil, o antiliberalismo inventou "partidos democráticos" cujo objetivo era o de destruir as outras agremiações que, por sobrevivência ou malandragem, deveriam integrar o grande rio ideológico capaz de não só promover o progresso, mas de resolver (eis a nossa concepção hierárquica de democracia liberal!) - e de resolver de uma vez por todas! - os grandes problemas com magníficas reformas de base. Na reinvenção do liberalismo, toldamos a liberdade dos outros.
Um desses partidos está no poder. E se o poder destrói os inimigos, ele cria a arrogância que desmascara os amigos. Com isso, aquele partido ideológico exemplar, que não roubava e deixava roubar, tornou-se um vasto pântano e pariu um líder nacional personalista e tragicômico. Um grande guia que, com um excepcional populismo popular, subverteu a obsessão monista de sua agremiação, cujo alvo era defender os interesses dos pobres e famintos. No poder, a ilha vira continente. Tal como o Plano Real acabou com a inflação das múltiplas moedas, na esfera política o partido dominante transformou seu líder no princípio exclusivo do poder.
Não se diz tudo numa crônica. Mas é possível apontar as transformações não previstas pelo monismo petista. De cara, o enorme papel do cara. Depois o fracasso da ejaculação precoce do ex-capitão do time, o notório Zé Dirceu, ato que liquidou a liderança ideológica e simultaneamente promoveu, com o sucesso do Plano Real e das medidas macroeconômicas que eram a herança maldita do governo tucano, um dinamismo inusitado do consumo com suas contradições e polifonias. Surge então uma dualidade curiosa: os aliados de modernização, como o PSDB, passam a ser inimigos mortais; e os velhos reacionários - os coronéis dos grotões - tornam-se amigos do coração.
Essas reviravoltas permitiram ao guia escolher e eleger um sucessor feminino virgem do PT e de disputa eleitoral. Algo inusitado numa terra onde, como dizia um dos aliados de Lula, expulso da Presidência por corrupção, seria preciso ter "aquilo roxo" para governar.
No campo do transporte aéreo sucedeu algo semelhante. Uma companhia que dominava, e era um símbolo nacional, foi liquidada. O que era um, virou dois e agora há o orgulho de se viver num momento mágico no qual tudo cabe, inclusive a destruição de uma empresa que recebeu como um estertor o fundo de pensão dos seus trabalhadores, logo usurpado pelo governo.
Com o fim do monopólio aéreo, ninguém mais sofre, exceto os passageiros, sujeitos a duas empresas que podem escusar o respeito que o ardiloso capitalismo liberal exige de quem paga. Se sou contra isso? Se escrevo por mágoa, porque uma das maiores vilezas do governo Lula foi, além do mensalão, liquidar a Varig, que com ela levou meu filho para o cemitério, a resposta direta é um claro, doloroso e sincero SIM!
No plano geral, vale chamar atenção de como um projeto de poder à stalinista acabou por promover mais capitalismo e mais liberalismo. Muito mais do que nos oito anos de FHC. Pela mesma lógica, o partido da justiça social liquidou uma enorme empresa sem pensar nos seus trabalhadores. Mas o sucesso da eleição de Dilma abala inesperadamente a tese do "salvador carismático da pátria", pois a imagem da mãe está muito mais próxima do liberalismo que se abre a si mesmo, recriando-se diariamente, do que dos velhos autoritarismos que não suportam diferenças.
No plano pessoal, o da tal crônica clássica, porém leve e um tanto carnavalesca que, dizem os entendidos, é um achado brasileiro, eu confesso que o duopólio aéreo simboliza a morte do meu filho mais velho. Para ficar no que pode ser dito, ele trás de volta o sofrimento e o desejo humano de restituição que só vai terminar quando eu morrer. Não posso ter meu filho de volta, mas posso sublimar a experiência dolorosa de sua perda chamando atenção para a enorme traição feita com a Varig. Falo com viés, tomo partido. E por que não, se isso foi a única coisa que aprendi com o PT e com o Lula? Mas com uma diferença fundamental: a morte do meu filho não tem dois pesos e duas medidas, como tudo neste governo que, felizmente, está também indo embora.